Perícia afirma que torpedo diparado por militares do norte afundou navio da marinha de Seul.
Jornais sul-coreanos deram destaque para investigação que responsabiliza militares de Pyongyang.
Associated Press.SEUL - Militares da Coreia do Norte alertaram nesta quinta-feira, 20, que pode haver guerra caso a Coreia do Sul responsabilize Pyongyang pelo naufrágio de um navio da marinha de Seul no mês passado, segundo entrevista transmitida pelo canal APTN.
"Se os inimigos sul-coreanos tentarem nos retaliar ou punir, ou se eles tentarem impor sanções sobre nós, responderemos a essas medidas com guerra", disse o coronel Pak In Ho à mídia norte-coreana. Pyongyang negou envolvimento no caso e disse que os resultados da perícia eram invenções para acusar os militares do norte.
As tensões entre Coreia do Sul e Coreia do Norte aumentaram com a acusação de que um torpedo disparado pelos norte-coreanos teria afundado um navio de guerra de Seul no dia 26 de março, episódio que deixou 46 mortos. O incidente ocorreu no Mar Amarelo, na região oeste da costa sul-coreana, perto da fronteira marítima com os vizinhos do norte.
Na quarta-feira, o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak jurou "duras ações" para rebater a provocação dos norte-coreanos após os resultados das análises da perícia sobre o caso.
Segundo o relatório, o navio Cheonan, de 1.200 toneladas por uma explosão causada por um "torpedo fabricado na Coreia do Norte" e "disparado por um submarino norte-coreano". "As provas mostram, de forma incontestável, que o torpedo foi disparado por um submarino norte-coreano. Não há outra explicação possível", destacou o documento.
China e EUA também se pronunciaram sobre o ocorrido. Para os americanos, os norte-coreanos cometeram "um ato de agressão", já os chineses acreditam é necessário que haja um diálogo entre os dois países para resolver o "infeliz incidente".
O episódio do navio elevou a tensão entre as duas Coreias, tecnicamente em guerra desde 1950, quando começou a Guerra da Coreia. O conflito, que terminou em 1953, nunca foi formalmente encerrado, e os dois lados permanecem apenas em trégua, embora haja atritos frequentemente.
Outra questão que gera impasse é o programa nuclear norte-coreano, considerado uma ameaça pelo sul. Pyongyang se recusa a retornar à mesa de negociações para abandonar os projetos atômicos e diz que só o fará se a Guerra da Coreia for encerrada formalmente.
FOTO: Ahn Young-joon/AP - FOTOS DO TOPERDO AKILê aki - EUA e China repudiam.
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