segunda-feira, 20 de setembro de 2010

METENDO A MÃO EM VESPEIRO

Por Carlos Chagas.
Que o presidente Lula tenha lançado Dilma Rousseff, pretendendo manter o poder para o seu grupo político, nada a opor. Tem o direito, até mesmo, de subir em palanques e pedir votos para a candidata.
Justificam-se até seus interesses e sua preferência por certos candidatos a governador, seja por julga-los melhores, seja para evitar a eleição de seus concorrentes.
O que não dá para entender é o presidente fazendo listas de quem quer e de quem não quer ver eleito para o Senado. Serão 54 vagas de senador a preencher em todo o país e se ficar recomendando uns e vetando outros, o primeiro-companheiro arrisca-se a quebrar a cara. É claro que sua popularidade poderá estimular a eleição de um e a derrota de outro, mas, como regra, não dá certo. Acabará sendo apontado como o presidente que tentou mas não conseguiu afastar um monte de adversários. Perderá pontos em sua biografia caso as oposições mantenham suas principais lideranças e até revelem outras.
O Lula faz tudo para impedir a vitória de Tasso Jereissatti”, ouve-se no Ceará. Caso o ex-governador seja reeleito, como parece que acontecerá, quem terá perdido? Não quer Heloísa Helena, em Alagoas, nem Mão Santa, no Piauí, nem César Maia, no Rio, nem Marco Maciel, em Pernambuco, nem Aécio Neves, em Minas, e quantos outros, nos demais estados? E daí, caso seus adversários se elejam? E daí é que ficará tudo registrado.

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