terça-feira, 21 de setembro de 2010

OCULTAÇÃO DE CADÁVER POLÍTICO

A MÍDIA ESCONDE A DERROTA DE SERRA EM SÃO PAULO - Sôfrega na busca de escândalos que comprometam a candidatura do governo na reta final das eleições, a mídia demotucana é o protagonista do maior escândalo desta campanha: a omissão do noticiário, e dos colunistas, diante daquele que é um dos fatos políticos mais expressivo do isolamento demotucano nesta disputa presidencial. O fato é que a fragorosa derrota de Serra para Dilma tem um de seus alicerces mais sólidos no bastião nacional do tucanato, o Estado de SP e nele, no coração político do país, a capital, São Paulo. Aspas para o Valor desta 3º feira: "... A campanha de Serra trabalhava com a hipótese de ganhar em São Paulo por uma diferença entre 4 e 6 milhões de votos. A lógica era a vitória de Alckmin sobre Lula no primeiro turno das eleições de 2006, quando o "Chuchu" impôs uma vantagem de 3,8 milhões de votos sobre um presidente da República abalado pelo episódio dos "aloprados", mas ainda assim favorito para vencer no primeiro turno. Nos cálculos tucanos, uma vitória por 5 milhões de votos seria o suficiente para compensar a soma da eventual diferença em favor de Dilma no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Já no comitê de Dilma considerava-se uma vitória, se o PSDB vencesse por uma diferença de até 2, 2,5 milhões e meio de votos. Hoje as pesquisas desenham um quadro com uma diferença que caminha para os dois milhões de votos em favor de Dilma  ". Esfarelam com esses resultados dois argumentos 'justificadores' utilizados pelo dispositivo midiático para caramelar de jornalismo a desenvolta campanha pró-Serra: a) que ele representaria a excelencia administrativa algo de que os administrados parecem discordar; b) que Serra só está sendo derrotado por conta do 'uso da máquina' --uso este que, se existe, encontra equivalencia generosa na máquina estadual operada pelo tucananto paulista, sem evitar a derrota acachapante. Só hoje, em parcimoniosas 18 linhas na coluna de Monica Bergamo os dados são detalhados: Datafolha no Estado de São Paulo: Dilma 42% x Serra, 34%. Na capital, São Paulo, a derrota tucana é ainda mais expressiva: Dilma, 46% x Serra 31%. Humilhado em seu próprio terreiro, Serra continua tendo na Folha um prestimoso moleque de recado para pressionar Aécio a lhe dar mais espaço no horário eleitoral mineiro. A 'traição' de Aécio, que esconde Serra ou omite seu nome em santinhos e na propaganda da tevê, é a nova explicação do padrão Frias de jornalismo para a derrota do seu candidato neste pleito. Um caso clássico de ocultação de cadáver no quintal da própria casa. (Carta Maior apoia ato no Sind. dos Jornalistas, dia 23, contra o golpe; 21-09)

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