Coluna Marcelo Adnet
RIO - Depois da fraca atuação contra o Universidad de Chile e de muitas fofocas e especulações, estão dizendo por aí que o Império do Amor está perto do fim. Depois de conquistar o Brasil, o império se consolidou com a chegada do co-imperador Vágner. Mas, desde sua formação em fevereiro, o Império não decolou. Parece não ter se livrado do oba oba carnavalesco onde nasceu e, agora, corre sério risco de se desmanchar, apenas quatro meses depois! É um dos impérios que mais se deterioraram na história.
Confira a lista abaixo:
Império Chines --------------- 221a.C. a 1912 ------ 2.133 anos
Império Romano ---------------- 44 a.C. a 476 -------- 521 anos
Império Romano ---------------- 44 a.C. a 476 -------- 521 anos
Império Turco-Otomano ------ 1299 a 1922 -------- 623 anos
Império Russo ------------------- 1721 a 1917 -------- 196 anos
Império do Amor ---------------- 2010 a 2010 --------- 0,4 ano
Parece que os Impérios, ao longo dos tempos, estão ficando cada vez mais efêmeros.
Na grande maioria dos Impérios, as regalias de seus líderes era tamanha, que eles acabaram por cometer abusos. Como Cláudio, que mandou matar a esposa e se casou com a sobrinha, que o envenenou. Nero, que pôs fogo em Roma, Caligula, que se casou com um cavalo e nomeou-o cônsul. Curiosamente, Adriano, o Imperador, não o carioca - o que se enrolava em lençol branco e falava latim - foi um líder centrado, competente e relativamente pacífico. Quem sabe Adriano não se inspira em Adriano e mantém vivo o Império do Amor. Mas, pra isso acontecer, Adriano, o co-imperador Vágner e todos os os seus súditos deverão marchar até o Chile e fincar ali, numa batalha histórica, a bandeira de seu Império.
Eu, particularmente, acredito em sistemas mais democráticos, como o do Botafogo, onde a estrela solitária está só no escudo. Seu sistema é equilibrado, ninguém tem regalias ou o poder extremo. O Botafogo tem algo de parlamentarista. Já o Vasco, que acabou de sair de um longo periodo ditatorial, precisa de mais tempo para estabelecer sua democracia, e a nobreza das Laranjeiras parece acomodada com o conforto proporcionado por sua monarquia e seus mecenas.
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