Começa hoje a temporada de esperança para uns, de frustração para outros e de mistificação para a imensa maioria da população. Não adianta mascarar de contribuição para a democracia esse horário de propaganda eleitoral gratuita e obrigatória no rádio e na televisão, que se estenderá até 30 de setembro.
Podem os candidatos, os marqueteiros, os partidos e os institutos de pesquisa imaginar que vão manipular a opinião pública, mudar o eixo das preocupações nacionais ou definir o futuro do país. Ledo engano. Estarão mesmo é abusando da paciência do eleitorado e criando fantasias por conta de falsas e exageradas mensagens de transformação da vida do cidadão comum. Não mudarão nada, na medida em que venderão ilusões e perturbarão a rotina do eleitor.
Dos pretendentes à presidência da República aos governos estaduais, ao Congresso e às Assembléias Legislativas, poucos acreditarão na própria capacidade de mudar o mundo. No máximo, conseguirão alterar alguns votos, mas nada capaz de inverter tendências já esboçadas faz muito. Um ou outro candidato a deputado, por exemplo, terá condições de amealhar algum apoio adicional depois de aparecer nas telinhas ou ser ouvido pelos microfones, exceções geradas pela excentricidade,o histrionismo ou, quem sabe,o valor de sua pregação. O resto, porém, será mera perda de tempo e enganação.
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