Por: Marcelo Migliaccio
Nessa, você não vai acreditar.
Ontem eu estava passando pela Rua Aires Saldanha, em Copacabana, e ela estava lá, ajoelhada na calçada, nuazinha como veio ao mundo. Ela mesmo, Cleo Pires, a sensação do momento. Que curvas, que cabelos, que pezinho lindo!
Levei um susto. Nós, mortais, quando nos deparamos inesperadamente com um desses ícones venerados em todos os canais da mídia, temos até tremedeira. Mas a Cleo estava lá, de joelhos, em tamanho natural!
Depois de esfregar os olhos, acordei do sonho. Era só uma peça promocional da revista Playboy, que abriu seus cofres para estampar fotos íntimas da atriz da Globo em sua edição comemorativa de aniversário. A Cleo Pires de papelão, no entanto, estava lá (e em mais milhares de bancas de jornal) a exibir seus segredos para qualquer um que passasse.
Não sou a favor da burca, mas acho que uma mulher deve pensar dez vezes antes de se desnudar em público. Fico imaginando a Cleo de agora em diante andando pelas ruas. De que jeito ela será olhada pelos homens quando for vista pessoalmente. O motorista de ônibus, o borracheiro, o jornaleiro, o jornalista, seus colegas atores, a torcida do Flamengo e a do Corinthians... todos agora a conhecem a fundo.
Não sei se ela está incomodada com isso. Talvez tenha pensado mais ultimamente em como gastar a fortuna que a revista lhe pagou pelo ensaio fotográfico.
Nunca curti revistas de mulher nua. Prefiro ao vivo, nem que tenha que ficar sem nada. Às vezes, passo por um desses camelôs que vendem publicações antigas e vejo aquela profusão de capas de Playboy com mulheres nuas. A maioria das divas sumiu no tempo. Delas, ninguém se lembra sequer do nome. Postas de carne não têm nome, são apenas postas de carne expostas para serem consumidas pelo imaginário masculino (ou, cada vez mais, feminino também).
Tive um colega de trabalho cuja irmã teve seu momento de glória pelada na capa de uma dessas revistas. Como é mesmo o nome dela...?
Lembro o nome do meu amigo, mas não o da sua irmã, que, por fotos, conheci tão bem.
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