"Para recuperar credibilidade, BC pode subir Selic em 0,75 ponto" (Valor, 23/02; sobre a reunião do Copom na próxima semana). A taxa de juro no Brasil , 11,25%, é a maior do mundo: atrai capitais especulativos, valoriza o Real, incentiva importações, encarece exportações, aprofunda o déficit em contas correntes (US$ 50 bi em 12 meses), destrói cadeias produtivas locais pela concorrência externa e explode o gasto público mais deletério, o pagamento de juros da dívida pública, que atingiu o valor recorde de R$ 190 bilhões no ano passado -- 15 anos de Bolsa Família. A idéia de combater ameaças inflacionárias --reais, mas em grande parte decorrentes da especulação externa nas bolsas de commodities-- subindo ainda mais a Selic atende às necessidades do país ou à ganância rentista? Leia nesta pág artigo do economista Fernando Ferrari que discute alternativas à rota de colisão entre os interesses do mercado financeiro e os do Brasil. (Carta Maior, 5º feira, 24/02/2011)
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