Juca Varella/Folhapress |
Dilma, ladeada por Alckmin e Kassab ontem, em São Paulo
RODRIGO MATTOS
RODRIGO MATTOS
Sob a gestão da presidente da República, Dilma Rousseff, o governo federal terá a presença mais forte no controle das obras da Copa-2014.
Pelo menos foi o que ela sinalizou ontem, ao se reunir com o governo paulista e a prefeitura para saber sobre o andamento do projeto do estádio do Corinthians.
Ouviu explicações do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito paulistano, Gilberto Kassab.
Os dois apresentaram a Dilma uma série de entraves burocráticos ao projeto. Mas todos saíram do encontro com discursos otimistas.
O governo federal manteve a posição de que São Paulo é a melhor opção para ser a sede da abertura do Mundial. Essa escolha tem, até o momento, o apoio do COL (Comitê Organizador Local).
A reunião que definiu essa questão não teve a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que atuava politicamente nas questões relacionadas à Copa, em reuniões com a Fifa, mas não acompanhava detalhes técnicos dos projetos.
Agora, o ministro do Esporte, Orlando Silva, terá de fazer para Dilma um relatório sobre o estágio das obras nas 12 sedes do Mundial.
"Antes do Carnaval, vou entregar relatórios à presidente. Os estádios estão em estágios diferentes: dez já estão em obras. As obras de mobilidades precisam avançar mais", disse Silva. Duas arenas não começaram a ser erguidas: Natal e São Paulo.
No estádio corintiano, o primeiro problema é a ação do Ministério Público Estadual para cancelar a concessão do terreno de Itaquera, por descumprir o prazo previsto no acordo inicial.
"Vamos fazer um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em três ou quatro semanas entre Ministério Público, prefeitura e Corinthians", declarou Kassab. Sem esse acordo, as obras não podem começar.
O Corinthians ainda terá outra burocracia para obter dinheiro público, indireto, para construir sua arena.
Na próxima semana, a prefeitura lançará um edital de seleção para projetos de Itaquera que queiram obter bônus fiscais. São benefícios que podem ser negociados a terceiros para gerar renda.
O Corinthians terá de oferecer uma contrapartida social, segundo o prefeito.
Em relação ao início das obras, Kassab previu para o final de abril. O ministro se mostrava mais otimista, falando em poucas semanas.
Mas o prefeito disse que indicará o Morumbi ou a Arena Palestra para a Copa das Confederações caso o estádio não esteja pronto em 2013.
O governador ainda afirmou para Dilma que haverá expansão do Metrô para a região de Itaquera.
A presidente sorria nas fotos da reunião. Agora, espera o relatório do ministro do Esporte.
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