Por Carlos Chagas.
De Brasília para a Aracaju, de Aracaju para São Paulo, de São Paulo para Brasília. Ontem foi um dia atípico para a presidente Dilma Rousseff, envolvendo trajetos continentais e muita paciência, tanto a bordo do avião presidencial quanto em terra. Da reunião com os governadores do Nordeste às celebrações pelos 90 anos da “Folha de S. Paulo”, ela pronunciou dois discursos e ouviu mais de vinte. Teria lamentado o tempo perdido, já que mais profícua seria sua permanência na capital federal? Tanto faz, porque o ofício de presidente da República exige presença em todo o território nacional, tanto quanto reuniões administrativas e políticas na sede do governo.
DE JEITO NENHUM NOS DESFILES.
DE JEITO NENHUM NOS DESFILES.
Na reunião de ontem, em Aracaju, os governadores do Nordeste tentarão agradar Dilma Rousseff através de convites entusiasmados para comparecer a seus estados durante as festas do Carnaval. Uns oferecendo a tranqüilidade de praias isoladas, outros apelando para a presidente estar nos palanques, assistindo desfiles variados e de forte apelo popular. Não querem, os governadores, ficar atrás de Sérgio Cabral, do Rio, o primeiro a convidar Dilma para o seu camarote, durante a passagem das escolas de samba. Convite, aliás, elegantemente recusado.
Perdem todos o seu tempo. Dilma, se já foi, não é mais de Carnaval. Se abandonar a rotina de trabalho em Brasília, será para um ou dois dias numa praia qualquer, por enquanto indefinida ou, pelo menos, jamais anunciada. Os anos são outros. Os Carnavais, também.
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