terça-feira, 14 de junho de 2011

PEREGRINO E OS VÂNDALOS DE CABRAL

Por Dacio Malta, do Blog Alguém me disse. 
Diz o professor Fernando Peregrino em seu blog que “Ricardo Gama, Dacio Malta, Ricardo Boechat e Anthony Garotinho, independentemente das diferenças” entre eles, existem algumas coincidencias, como a de serem “críticos ferozes de governantes e autoridades, e recentemente tem sido um grande incômodo para Cabral no cenário de uma mídia comprada e silenciada”.
Por coincidência, nos últimos 2 meses - continua o professor - o público esteve ameaçado (ou está) de ficar sem a opinião corajosa e direta de todos eles. No caso de Dácio Malta e Ricardo Boechat, pelo estranho desaparecimento dos dois.  No caso de Ricardo e Garotinho, pelo atentado que sofreram. O que está acontecendo com aqueles quetem voz independente” no Rio de Janeiro de Cabral?” - indaga Peregrino no final.
De minha parte eu continuo vivo. E continuo crítico não só de Cabral, mas de boa parte dos que os cercam e de outra imensa parte que prefere mantê-lo a distância.
O que ocorre comigo é que estou envolvido com um documentário que fiz para comemorar o centenário de nascimento de Noel Rosa.
O que seria um programa de TV, acabou virando um filme e, modestamente, muito bem sucedido.
Como filme, já que ele foi feito em capítulos para a TV Brasil, ele estreiou na telona em maio, no Festival de Cinema Brasileiro em Paris.
No Brasil, foi exibido no CineDocumenta, em Ipatinga; e no Festival de Cinema de  Maringá, onde ganhei o honroso prêmio de melhor diretor entre 293 concorrentes.
No dia 29 de junho, será apresentado no Festival de AudioVisual do Mercosul, em Florianópolis,  em setembro no CineMúsica de Conservatória, e em outubro no Festival do Japão, a começar por Tóquio.
Essa é a explicação do meu sumiço. Quem quiser saber mais sobre ele acesse o
www.noelrosa-poetadavila.com.br.Acho que em julho estarei mais tranquilo para voltar ao blog.
Mas para mostrar que estou vivo…
Só mesmo aqui no Rio de Janeiro, bombeiros são chamados de vândalos.
Em qualquer parte do mundo, eles são heróis. Se só existisse o trabalho realizado no morro do Bumba, em Niterói - esse seria mais do que suficiente para classificá-los como heróis.
E mais: talvez eles sejam a classe mais unida, não aqui no Rio ou no Brasil, mas em todo o mundo.
Quem assistiu o filme de Michael Moore sobre o sistema de saúde dos Estados Unidos, sabe do que estou falando, quando no final existe o abraço emocionado dos bombeiros cubanos e norte-americanos, que
participaram da operação no World Trade Center.
Sergio Côrtes, secretário de Saúde, ganhou o comando do Corpo de Bombeiros, no início do governo Cabral, por puro capricho.
No iníco de sua carreira, ele foi médico da corporação, e queria comandar seus ex-comandantes, e mais: por pura vaidade, sonhava em desfilar pela cidade com um um ajudante de ordens e suas dragonas.
Escândalos na sua Pasta surgiram desde o início da gestão.
E muitos, ainda, um dia serão revelados.
Como por exemplo a utilização de helicópteros da corporação, para transportar, no domingo de Carnaval do primeiro ano de governo, as fantasias de seus amigos e familiares que estavam em Mangaratiba, passando o final de semana e desfilariam a noite na Sapucaí.
Isso não é roubalheira, e lá existe aos borbotões. Isso é apenas abuso de poder.
Quanto ao nosso governador fanfarrão, nada tenho de pessoal contra ele.
Minha questão com ele é apenas política e administrativa.
Mas não estou calado por motivos outros a não ser àqueles que expliquei no início da nota.
Vou sumir de novo.
Mas prometo voltar.

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