Em São Paulo, não se deve esperar de Geraldo Alckmin que faça um governo de continuação nem de continuidade da administração José Serra e Alberto Goldmann. O ex-governador tem contas a acertar com o candidato presidencial, especialmente se for derrotado por Dilma Rousseff. Serra no Planalto exigiria uma certa flexibilidade do novo governador, mas fora dele seria apenas uma sombra a reverenciar, jamais a temer ou copiar.
Até agora são evidentes os sinais da vitória de Alckmin, apesar de sua cautela. Está preparado para a eventualidade da vitória de Dilma Rousseff, de quem dependerá para realizar um bom governo. Por isso não ataca o adversário, Aloysio Mercadante, muito menos participa das baixarias que tem marcado a campanha no plano nacional. Há quem jure ter ouvido do candidato frases de censura à performance do candidato a vice na chapa de Serra, Índio da Costa.
ENCRUZILHADA
Se na economia equivalem-se José Serra e Dilma Rousseff, em termos de planos para o futuro, diversas parecem as concepções dos dois candidatos para a política externa. A ex-ministra, se eleita, deverá manter Celso Amorim por pelo menos mais um ano no Itamaraty. Conservará as mesmas diretrizes de independência e não alinhamento automático com os Estados Unidos.
Já o ex-governador de São Paulo tende a refluir nas aventuras terceiro-mundistas do Lula, buscando integração maior com as grandes potências. Os dois nomes mais citados para chanceler, num eventual governo Serra, são os embaixadores já aposentados Rubens Barbosa e Sérgio Amaral.
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