quarta-feira, 28 de julho de 2010

TUTELA SOBRE DILMA?

Por Carlos Chagas.
Senão engrossar, ao menos ficar com um pé atrás o PT ficará, diante do PMDB. Com base em pesquisas abertas ou restritas, os companheiros sentem que pouco mudará a composição do futuro Congresso, em termos de representação partidária. Salvo inusitados, o PMDB continuará com as maiores bancadas na Câmara e no Senado, fator capaz de ser festejado pelo PT, não fosse o receio de o partido e o novo governo virem a ser manipulados, no caso da vitória de Dilma Rousseff. Manipulados pela figura central do PMDB, seu presidente e hoje candidato a vice-presidente da República, Michel Temer. Porque a relação da candidata com deputados e senadores é mínima, mas a de seu colega de chapa é total.
O perigo, para muitos petistas, está na possibilidade de Temer, instalado no palácio do Jaburu, centralizar as relações da nova administração com o Legislativo, tornando-se peça-chave para a aprovação ou rejeição de projetos de interesse do palácio do Planalto. Em outras palavras, exercendo uma espécie de tutela parlamentar sobre Dilma e, obviamente, cobrando o preço que seu partido costuma cobrar.
Michel Temer movimenta-se para desmentir essa versão, entoando loas de lealdade e fidelidade à candidata do PT, mas não há sinais de que pretenda renunciar à presidência do PMDB. Inexiste lei para obrigá-lo a tanto, registrando-se até que João Goulart, enquanto vice-presidente de Juscelino e de Jânio, continuou presidindo o PTB.
OS TRÊS MOSQUETEIROS.
Para ficar no complicado PMDB, tem gente imaginando um explosivo cenário para o partido, no futuro Senado. Porque Pedro Simon tem mais quatro anos de mandato, assim como Jarbas Vasconcelos, provavelmente derrotado na tentativa de eleger-se governador de Pernambuco. Junte-se a eles Roberto Requião, com a eleição garantida no Paraná, conforme as pesquisas.
Os três vão dar trabalho à direção peemedebista, desalinhados que são há muito tempo.

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