Luta-se por democracia e igualdade nas ruas da Tunísia, Egito, Argélia,
Líbia, Irã, Iêmen, Bahrein... A resposta padrão às irrupções sociais nas últimas décadas, feita de doses cavalares de livre mercado e pitadas elegantes de Direitos Humanos - foi assim no leste europeu-- não silenciará o clamor que explodiu nas ruas árabes. Na contramão do mainstream pós-crise, que apregoa arrocho fiscal e abstinência de direitos sociais, o que se cobra ali só terá resposta efetiva no resgate de um projeto que o neoliberalismo desidratou em seu próprio seio e um pedaço da esquerda ajudou a ressecar: a reconciliação efetiva da democracia política com a democracia social. Nesse sentido, a rua árabe, hoje, é a vanguarda do mundo. (Carta Maior, 2º feira, 21/02/2011)
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