domingo, 29 de maio de 2011

OS DONOS DA BOLA


Os meios de comunicação andam repletos de textos e de imagens a respeito das reformas dos principais estádios de futebol, sem esquecer a construção de novos. São dezenas de bilhões, em maioria saídos dos cofres públicos, porque, como sempre, a iniciativa privada salta de banda quando se trata de botar a mão no bolso. A pergunta que se faz é se deveríamos ter-nos curvado tanto às exigências da Fifa. Afinal, faz muito que somos o maior futebol do planeta, mesmo jogando nos antigos estádios. Eles poderiam apresentar defeitos, estar defasados diante de monumentais sucedâneos nos países ricos, mas não existiriam outras prioridades? Hospitais, escolas, rodovias, ferrovias e portos deixam de se constituir em necessidades menores? Por que essa entidade internacional deve nos dizer como aplicar recursos insuficientes para promover o bem estar geral? Claro que a realização de uma Copa do Mundo em nosso território enche a população de euforia, mas estaríamos melhor caso tivéssemos resistido a boa parte das imposições dos que se julgam os donos da bola.
Exageram, porque a bola, afinal, nos pertence...

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