quinta-feira, 2 de junho de 2011

Há um homem público que, apesar de ser apenas um homem, honrou todos os votos de confiança que venho lhe dando desde 1989. Esse homem que a tantos assustou durante tanto tempo, que já foi considerado um louco que incendiaria o país, desde que surgiu na política sempre me passou confiança, sinceridade e uma coragem épica.
Sim, sou o que chamam de “lulista”. Porque todas as nações, todos os povos, durante toda a história da humanidade sempre seguiram líderes. E Lula é o meu líder político. Apesar de não concordar com absolutamente tudo o que diz – discordo de sua recusa em reagir a certos ataques da forma cabível –, em questões sobre as quais só ele tem condições de opinar eu o sigo sem pestanejar.
O caso Palocci é um daqueles em que a opinião de Lula pesa muito sobre a minha. Quando ele diz que se a mídia e a oposição conseguirem derrubar Palocci passarão os próximos quatro anos derrubando ministros e inviabilizando o governo Dilma, acredito.
Apesar dos amigos queridos que discordam de mim, não posso ceder ao rigor ético deles quando diverge tanto do meu, apesar de respeitar a todos os que, de boa fé, crêem na lenda que a direita midiática está conseguindo vender de que derrubar o principal ministro de Dilma aos cinco meses de gestão seria “bom” para o seu governo.
Lula defende Palocci e grande parte daqueles que o seguiram quando defendeu Sarney, por exemplo, agora recusam a sua liderança. É perfeitamente aceitável. É direito de cada um. Contudo, será direito dele, como fiquei sabendo, aposentar-se da política se a sua intuição não for seguida.
Esse homem pelo qual lutei para que governasse este país sabe tudo o que Palocci fez nos verões passados. Nomeou-o quando governava e foi por sua influência que foi nomeado neste governo para o segundo posto depois da presidente Dilma. Se acreditasse que Lula defenderia um corrupto, deixaria de me envolver em política.
Mas não só. Como não acredito que Lula defenderia Palocci sem uma boa razão, se o meu líder político deixar a sua militância devido a esse episódio, terá a minha companhia.
Há muito tempo que penso em me dedicar à literatura. Meu sonho sempre foi escrever um romance e vê-lo publicado. Posso muito bem criar um blog para começar a enveredar pela arte. Literatura, pintura, poesia, crônicas, contos… É a isso que me dedicarei se o presidente Lula se aposentar da política pelo caso Palocci.

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