sábado, 30 de julho de 2011

Acredito que só os cínicos e os interesseiros irão discordar da nobreza dos princípios enumerados no artigo. Mas como vamos começar a por isso em prática? Como podemos votar a favor de tais idéias, de modo que sua aplicação possa tornar-se realidade? Talvez seria bom enfatizar que esse Estado não é um Frankenstein autônomo, concebido pelos esquerdistas para oprimir os cidadãos, perseguir o capital e tragar os recursos públicos. Pelo contrário, esse estado é gerido pela classe dirigente que sempre nos governou e continua governando, fazendo suas transações interesseiras, protegendo o "seu lado", corrompendo quando na iniciativa privada, e se deixando corromper quando em função pública, variando de posições apenas ao sabor das circunstâncias. Outra: existe um fosso de diferença entre a cultura da classe dirigente coreana e a da brasileira. Na Coréia do Sul, se um homem público é "pego com a boca na botija", o que o desonraria perante o público, ele se mata. No Brasil, alguém supreendido em semelhante posição simplesmente agiria como se estivesse se perguntando a seus botões: E daí? A cultura de um povo condiciona suas ações, e isso tem conseqüências.

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