quinta-feira, 28 de julho de 2011

SE FOSSE O BARÇA

Por Marcelo Bechler.
Ao Santos, o jogo espetacular faz mal.
Desde 12 de dezembro de 2003, quando o São Caetano venceu o Internacional por 5 a 0, um time de Muricy Ramalho não sofria cinco gols. Méritos para o Flamengo, especialmente para Ronaldinho Gaúcho, lembrando os tempos de Barcelona – como na falta do quarto gol, quase idêntica a que cobrou contra o Werder Bremem na Espanha. Mas o Santos sofreu cinco gols. O que não acontecia com Muricy há sete anos e meio. Justamente na estreia do meio-campo dos sonhos.
Não há sonho que resista a um time exposto, em que o volante mais recuado, Arouca, sai para o jogo e que Íbson ajuda pouco o lateral. Elano, lento demais para acompanhar o ataque adversário, deixa espaço generoso no meio. Em menos de cinco meses, o Santos vai encontrar um adversário especialista em aproveitar o campo que o adversário teima em não oferecer. Se deixar o Barcelona jogar, ele te atropela impiedosamente. Certo, Manchester?
Ao Santos, o jogo seguro e compacto da Libertadores vale mais a pena que a roleta russa vista na noite de quarta na Vila Belmiro. O time super técnico e com muitos recursos ofensivos pode não ter mais do que 30% de posse de bola para tentar jogar no Japão. De repente, Henrique parece mais importante do que Íbson e Adriano mais jogador do que Elano.
O grande jogo do Flamengo não pode ser desprezado. Mas o Santos da Libertadores não levava cinco gols. Aliás, levou sim. Somando os oito jogos do mata-mata foram cinco gols sofridos. De uma vez só, time de Muricy Ramalho só em 2003. E ontem era o Flamengo. Imagine se fosse o Barcelona…

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