Por Carlos Chagas
Ainda que com jeito, os governadores do Nordeste deixaram em mãos da presidente Dilma Rousseff um nó daqueles dignos de Alexandre, capaz de ser desatado apenas com a espada. Deixaram claro que sem a volta da CPMF ou sucedâneo não poderão cumprir o dispositivo constitucional do teto mínimo com gastos de saúde pública. A situação em seus estados é lamentável, sem exceções.
Sem dúvidas a maior derrota parlamentar do popularíssimo governo Lula foi a queda da CPMF, no Senado. Insistir no retorno ao imposto do cheque, para Dilma, será tirar passaporte para a derrota, mas encontrar solução parecida na criação de mais taxações não será nada diferente. E sem a garantia de preencher o vazio nos cofres estaduais, porque o cheque vem se tornando rapidamente coisa do passado. Instrumento em desuso no mundo financeiro, substituído pelos cartões de crédito. Quanto a esses, melhor não mexer, já submetidos a juros escandalosos na hora de esticar as dívidas.
Fazer o quê? Contar com os lucros do pré-sal antes da hora não dá. Arcar com despesas estaduais também não. Deixar a população à míngua, sem receber o mínimo imprescindível em termos de saúde pública equivalerá a armar uma bomba dos diabos, capaz de explodir em eleições próximas.
Na reunião de segunda-feira, em Alagoas, nem tudo foram comemorações e abraços entre a presidente e os governadores do Nordeste. Ficou o nó.NOVIDADES NO RETORNOSemana que vem deputados e senadores estarão de volta a Brasília. Aproveitaram as duas semanas de recesso para visitar suas bases, mesmo os que tomaram o rumo do exterior. Retornarão preocupados. Salvo exceções, foram cobrados. No primeiro semestre os governistas cuidaram quase exclusivamente de seus próprios interesses, empenhados em obter nomeaçõs e benesses do palácio do Planalto. Mesmo sem conseguir a maior parte de suas reivindicações, perderam tempo na apresentação e votação de projetos capazes de sensibilizar seus eleitores. Os oposicionistas também tiveram pouco a apresentar. Nem discursos, como seria de esperar, quanto mais campanhas em condições de despertar entusiasmo.
O resultado é que pelo menos no plano das iuntenções, voltam dispostos a recuperar o tempo perdido. No PSDB, DEM e penduricalhos a proposta será de desenvolverem ampla cobrança diante das irregularidades acontecidas no ministério dos Transportes e adjacências. O governo deve esperar convocações e até a formação de CPIs.
Já os partidos da base oficial chegarão dispostos a respaldar projetos e interesses do governo, mas desde que sejam atendidos em duas vertentes: conseguir a liberação de verbas relativas às emendas inidividuais ao orçamento e, se possível, uma ou outra nomeação. Como também esperam, PMDB, PT, PTB, PP e PDT, a garantia de que seus ministros passarão ao largo da tempestade abatida sobre o PR. Em suma, dúvidas.PROVA DOS NOVEComeça a despertar reações a insistência com que o ex-presidente Lula promove a candidatura de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo, pelo PT. A senadora Martha Suplicy e o ministro Aloísio Mercadante argumentam não ter o que perder caso o ministro da Educação venha mesmo a ser escolhido candidato. Afinal, uma ficará no Senado até 2018 e outro no ministério pelo menos até 2014. São desculpas para efeito externo, porém. Na intimidade ambos mostram-se indignados pela escolha imperial do primeiro-companheiro, impondo antes de dialogar. O Lula sequer preocupou-se em salvar as aparências, dizendo, pelo menos, que as bases do PT paulistano é que decidirão.
Como na sucessão presidencial do ano passado, o ex-presidente escolheu, consagrou e partiu para a vitória de Dilma Rousseff. Conseguirá o mesmo resultado, agora que se encontra fora do poder? Estará sendo submetido à prova dos nove
Sem dúvidas a maior derrota parlamentar do popularíssimo governo Lula foi a queda da CPMF, no Senado. Insistir no retorno ao imposto do cheque, para Dilma, será tirar passaporte para a derrota, mas encontrar solução parecida na criação de mais taxações não será nada diferente. E sem a garantia de preencher o vazio nos cofres estaduais, porque o cheque vem se tornando rapidamente coisa do passado. Instrumento em desuso no mundo financeiro, substituído pelos cartões de crédito. Quanto a esses, melhor não mexer, já submetidos a juros escandalosos na hora de esticar as dívidas.
Fazer o quê? Contar com os lucros do pré-sal antes da hora não dá. Arcar com despesas estaduais também não. Deixar a população à míngua, sem receber o mínimo imprescindível em termos de saúde pública equivalerá a armar uma bomba dos diabos, capaz de explodir em eleições próximas.
Na reunião de segunda-feira, em Alagoas, nem tudo foram comemorações e abraços entre a presidente e os governadores do Nordeste. Ficou o nó.NOVIDADES NO RETORNOSemana que vem deputados e senadores estarão de volta a Brasília. Aproveitaram as duas semanas de recesso para visitar suas bases, mesmo os que tomaram o rumo do exterior. Retornarão preocupados. Salvo exceções, foram cobrados. No primeiro semestre os governistas cuidaram quase exclusivamente de seus próprios interesses, empenhados em obter nomeaçõs e benesses do palácio do Planalto. Mesmo sem conseguir a maior parte de suas reivindicações, perderam tempo na apresentação e votação de projetos capazes de sensibilizar seus eleitores. Os oposicionistas também tiveram pouco a apresentar. Nem discursos, como seria de esperar, quanto mais campanhas em condições de despertar entusiasmo.
O resultado é que pelo menos no plano das iuntenções, voltam dispostos a recuperar o tempo perdido. No PSDB, DEM e penduricalhos a proposta será de desenvolverem ampla cobrança diante das irregularidades acontecidas no ministério dos Transportes e adjacências. O governo deve esperar convocações e até a formação de CPIs.
Já os partidos da base oficial chegarão dispostos a respaldar projetos e interesses do governo, mas desde que sejam atendidos em duas vertentes: conseguir a liberação de verbas relativas às emendas inidividuais ao orçamento e, se possível, uma ou outra nomeação. Como também esperam, PMDB, PT, PTB, PP e PDT, a garantia de que seus ministros passarão ao largo da tempestade abatida sobre o PR. Em suma, dúvidas.PROVA DOS NOVEComeça a despertar reações a insistência com que o ex-presidente Lula promove a candidatura de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo, pelo PT. A senadora Martha Suplicy e o ministro Aloísio Mercadante argumentam não ter o que perder caso o ministro da Educação venha mesmo a ser escolhido candidato. Afinal, uma ficará no Senado até 2018 e outro no ministério pelo menos até 2014. São desculpas para efeito externo, porém. Na intimidade ambos mostram-se indignados pela escolha imperial do primeiro-companheiro, impondo antes de dialogar. O Lula sequer preocupou-se em salvar as aparências, dizendo, pelo menos, que as bases do PT paulistano é que decidirão.
Como na sucessão presidencial do ano passado, o ex-presidente escolheu, consagrou e partiu para a vitória de Dilma Rousseff. Conseguirá o mesmo resultado, agora que se encontra fora do poder? Estará sendo submetido à prova dos nove
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