** sindicatos espanhóis convocam manifestação gigante para 6 de setembro contra introdução do arrocho fiscal na Constituição.
** proposta de Zapatero unifica protestos de operários e indignados.
** iniciativas de arrocho fiscal no mundo são desdobramento da crise de 2008: socorro aos mercados financeiros elevou em 130% as dívidas públicas dos países da OCDE.
** Banco Central reúne-se nesta 3º feira para decidir o futuro dos juros no Brasil.
** encontro acontece em meio à desaceleração econômica e agravamento do quadro internacional.
BANCOS DA EUROPA TERÃO QUE OBTER 4 TRILHÕES DE EUROS ATÉ 2014 -'A banca do euro precisa ser recapitalizada', alertou Christine Lagarde, diretora-geral do FMI na reunião conjunta do Fed com BCs de todo o mundo, na semana passada. Esse é o novo motor da crise. Nos próximos três anos, segundo o Financial Times, a banca da UE terá que obter fundos da ordem de 4 trilhões de euros para garantir a liquidez de suas carteiras. A perspectva desse encontro com a hora da verdade move a fuga de fundos de investimentos que tem reduzido sua exposição na zona do euro elevando o custo de rolagem de passivos de bancos e governos. Falta coordenação e estratégia para deter esse processo. E essa é uma dimensão da crise sistemica: ela dissolve e anula as próprias instituições ordenadoras da hegemonia financeira na atual etapa do capitalismo. Nesse salve-se quem puder errático e selvagem, alguns países dificilmente escaparão de um imprevisto. A dívida do setor privado espanhol, por exemplo, mediada pelos bancos, equivale a devastadores 170% do PIB. Zapatero tenta deter o tsunami prometendo arrocho fiscal eterno aos mercados, incorporando princípio ortodoxo à Constituição do país. Conseguiu unir operários e indignados contra o governo do PSOE a pouco mais de dois meses das eleições a sua sucessão. (Carta Maior; 2º feira, 29/08/ 2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário