sábado, 26 de junho de 2010

CAPRICHOSO NA ARENA

O “Canto da Floresta” do Azul fechou a noite de ontem com uma apresentação empolgante, que teve como tema a “Poesia Cabocla – Um Canto de Amor ao Folclore Popular”.
A apresentação do mais esperado item, o levantador David Assayag, foi marcada pela emoção do retorno do Imperador ao bumbá. David usou fantasia inspirada em todos os símbolos do Boi da Francesa e Palmares. Foi uma homenagem à galera, que esse ano o recebeu de volta após 15 anos. David não se importou com as provocações da galera do Vermelho durante a passagem de som de ontem. “O que mais importou foi a receptividade que tive da galera do meu verdadeiro boi”, afirmou.
Avaliando a apresentação, o mestre da Marujada do Caprichoso, Jonedson Ramos, o “Baleinha”, disse que o Azul foi mais surpreendente e o torcedor pode ficar tranquilo em relação ao resultado do festival.
Mudando a estratégia poucas horas antes da apresentação, o Caprichoso mostrou a lenda de um dos mais respeitados artistas de Parintins, Juarez Lima. A lenda Aymá Sunhé contou a história dos índios Yurukares. A galara inovou nos passos durante a apresentação dessa lenda, simulando um confronto entre os dois lados da arquibancada.
A torcida ousou ainda mais quando apontava para a galera contrária na coreografia da toada “Chegada do meu Boi”. Foi nessa alegoria que a cunhã-poranga Maria Azedo entrou no Bumbódromo. Ela representava a índia Uirá, que foi transformada por Tupã em um Uirapuru, pássaro que tem o mais lindo canto da floresta. O mestre de cerimônias do Caprichoso, o apresentador Junior Paulain estava personificado de Luiz Gonzaga.

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