segunda-feira, 25 de julho de 2011

GOIS DEBATE

Da Coluna do Anselmo Gois, no O Globo.
Diminuiu a paixão do brasileiro pela seleção? Veja o que dizem alguns craques ouvidos pela coluna:
Luis Fernando Verissimo, escritor: “Desde que a maioria na seleção passou a ser de jogadores que atuam fora do Brasil, houve um distanciamento, acho eu. Continuamos a torcer pela camiseta, pela pátria e por outras abstrações, mas há pouca identificação com os ‘estrangeiros.”
Sérgio Besserman, economista: “O que está faltando é futebol de qualidade e craques. Com eles no jogo, a gente volta a se descabelar”...
Roberto DaMatta, antropólogo: “Com o neoesquerdismo lulista instalado no poder, a indignação virou coisa de ‘direita’ em vez de ser a coisa certa. A derrota no futebol e o roubo em rede, bem como a ausência do poder público são hoje rotinas. São pênaltis perdidos: coisas do futebol e coisas da política.”
Fernando Calazans, coleguinha: “A paixão do torcedor diminuiu nos últimos anos porque a seleção e o futebol brasileiro não são mais os mesmos. Basta ver as campanhas nas duas últimas Copas, coisa de simples figurante. O torcedor de hoje tampouco é o mesmo, não viveu o tempo em que nossa seleção apaixonava o mundo todo. Ele não se apaixona mais por ela. E ela, ao jogar mais no exterior do que aqui, também contribuiu para a indiferença.”
Ronaldo Helal, sociólogo: “Antes, as vitórias e derrotas da seleção em Copas eram vividas como derrotas ou vitórias de projetos da nação brasileira. Isto não ocorre mais, e acho positivo. Enfim, temos uma democracia consolidada, estabilidade da moeda, globalização, o país exercendo certa liderança política na América do Sul etc. A paixão pelos clubes é hoje muito maior que pela seleção.

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