sábado, 23 de outubro de 2010

MANAUS, CAPITAL DO AMOZONAS

História de Manaus.
Na época das grandes explorações de países do velho mundo, começou a corrida por conquistas de novas terras. Em 1540 Francisco de Orellana, vindo do Peru, pretendia chegar a Espanha.
Ele descobriu um grande rio em sua viagem e o batizou de Rio Orellana. Ao ser atacado, na Foz do Nhamundá, por uma tribo indígena de mulheres guerreiras, passou a chamar o rio de Amazonas, em referência as amazonas gregas, também mulheres guerreiras.
Antes de Orellana navegar por este rio, ele recebia o nome indígena de Amaru Mayu, ou "A Serpente Mãe do Mundo".
Relatos realizados pela expedição de Orellana, sobre a riqueza encontrada em áreas florestais e abundância de água, despertou interesse de portugueses, espanhóis, holandeses, ingleses e franceses. Por volta de 1600, começaram, portanto, as investidas européias pela região.
Os Portugueses tentam defender suas conquistas em terras amazônicas e, partindo de Pernambuco, atingem a região do Amazonas por volta de 1616, lutando contra os franceses que haviam invadido o litoral do Maranhão.
Nesta mesma época, surge Belém, hoje capital do Pará, tendo como princípio o Forte do Presépio, também construído pelos portugueses para proteção do território contra invasões européias. Toda a região Amazônica era comandada a partir de Belém, região conhecida como Grão-Pará. Devido a abrangência do local, uma área enorme, ficou
impossível atender a população da área e manter a paz com os Índios, somente por meio do Pará.
Para combater, explorar e garantir o domínio português na região, foi criado em 1669 o Forte São José da Barra, na região hoje dominada pelo Amazonas. Em torno desse forte, nasceu o arraial que deu origem a cidade de Manaus. Em 3 de março de 1755, criou-se então a Capitania de São José do Rio Negro para atender as dificuldades e garantir a dominação portuguesa.
Manaus, Capital da Província do Amazonas.
Em 1833, a capitania de São José do Rio Negro, passa à categoria de Vila, com o nome de Manaus, que significa "Mãe de Deus", homenagem à tribo manaós. Em 24 de Outubro de 1848 recebe o título de cidade.
Província do Amazonas.
Tentativas de ocupar toda a extensão territorial não foi bem sucedida, e logo o Peru, com apoio do EUA, tentaram expandir suas fronteiras. Foi criada, então, em 5 de Setembro de 1850 a Província do Amazonas, desmembrando-se do Grão-Pará.
Ciclo da Borracha.
Anos depois, houve o surgimento do mais importante ciclo econômico do estado, o Ciclo da Borracha. Época em que imigrantes nordestinos, fugiam da seca e se instalavam nos seringais comandados pelos barões da borracha.
Na mesma época, a participação inglesa foi importante para surgir melhorias na cidade de Manaus. Eles construiram obras importantes, como rede de esgotos, água encanada, luz elétrica, o Porto, bondes elétricos, pontes, obras que contribuiriam para o desenvolvimento de Manaus, que vivia sob a riqueza dos lucros obtidos com a venda da borracha. Muitos desses serviços nem existiam no restante do país. Era um tempo de muito luxo para a elite amazonense, em que comerciantes mandavam seus filhos estudarem na Europa .Os prédios eram construídos com material europeu. Destaque para o famoso Teatro Amazonas , o Mercado Adolpho Lisboa e o prédio da Alfândega, construídos com o lucro obtido na 'Época Áurea da Borracha'.
Zona Franca.
A partir de 1915, a cidade entrou em decadência. Por meio século, a cidade sofreu com o declínio da borracha, provocado pela concorrência na Ásia. Desapareceram os barões da borracha e a população sofreu intenso desemprego e derrocada econômica.
A solução para que o desenvolvimento continuasse na região, apareceu com o surgimento da Zona Franca de Manaus em 1967, onde o Amazonas ganhou incentivos fiscais para o comércio e a indústria.
Em função da Zona Franca de Manaus, gerida pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) foi criado o distrito industrial, onde destacou-se o polo de duas rodas (motocicletas e bicicletas), eletroeletrônicos e celulares, dentre outros.
A zona Franca de Manaus é a principal fonte de renda do estado, gera mais de 600 mil empregos diretos e 200 mil indiretos e é considerada um apelo importante para evitar o desmatamento na floresta amazônica do estado, sendo o Amazonas um dos estados mais preservados da Amazônia.
Turismo em Manaus.
A capital do Amazonas é o portal de entrada para a maior reserva ecológica do mundo, a Floresta Amazônica. Manaus oferece ampla rede hoteleira aos turistas, assim como restaurantes variados. Conta também com diversos hotéis de selva com completa infraestrutura.
A cidade possui modernos shoppings centers, largas avenidas com viadutos e passarelas. No centro comercial é possível comprar produtos importados e brasileiros. Destaque também para o artesanato local, encontrado em diversas lojas espalhadas pelos shoppings centers, feiras e centros comerciais.
Um dos principais pontos turísticos da cidade é o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896. É o principal patrimônio artístico cultural do estado e a obra mais significativa do período da borracha.
Outro destaque é o Palácio da Justiça, na avenida Eduardo Ribeiro, inaugurado em 1900. Além dele, o Relógio Municipal, situado na mesma avenida, também se destaca entre as obras turísticas.
Parada obrigatória também no Palácio Rio Negro, construído no final do século 19. A princípio residência de um comerciante da borracha, em 1918, foi comprado pelo Estado do Amazonas para ser residência oficial do governador. Em 1980, o prédio foi tombado pelo Patrimônio Estadual e passou a ser o Centro Cultural Palácio Rio Negro.
Os turistas que vêm a Manaus não podem deixar de visitar o Conjunto Arquitetônico do Porto de Manaus, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1987. No local existem várias construções, entre elas o Prédio da Ilha de São Vicente, o Escritório Central, o Museu do Porto, o antigo Prédio do Tesouro Público e o Trapiche 15 de Novembro.
Destaque para o Museu do Porto, que conta a história da navegação no Amazonas e da construção do Porto.
Para completar o passeio pelo centro da cidade, vale a pena ir ao Mercado Municipal Adolpho Lisboa, o segundo a ser montado no Brasil e é uma réplica miniatura do mercado de Paris. Foi inaugurado em 1882 e fica em frente ao rio Negro. Na volta do roteiro ainda tem a Igreja da Matriz, primeira erguida após a fundação de Manaus; a Biblioteca Pública do Estado, inaugurada em 1871; e a usina Chaminé.
Culinária local.
A culinária regional é exótica. A maioria dos pratos são de origem indígena. O turista tem a oportunidade de experimentar novos sabores como o tacacá, espécie de sopa servida em cuias, preparado com camarão e uma erva chamada jambu.
Destaques para as tapiocas feitas com castanha, coco ou manteiga, podendo ser recheada com tucumã, e servidas em pedaços de folha de bananeira.
Para completar, o bolo de macaxeira (aipim ou mandioca), a banana frita, os sucos de frutas típicas, como o cupuaçu, o mingau de banana e o mugunzá, mingau preparado com milho branco.
Os peixes.
A culinária do manaura tem como maior destaque o peixe. São mais de duas mil espécies, entre eles o tambaqui, o matrinxã, o jaraqui, a sardinha, o pacu, o pirarucu e o tucunaré. Um dos segredos para õ sabor do peixe manaura é o preparo do peixe fresco com sal, limão e cheiro-verde, além do tucupi, moloho de cor amarelada, feito do sumo da mandioca. Para acompanhar, farinha do Uarani ou "farinha d'agua", feita também de mandioca, e que por ser muito resistente deve ser ingerida sem mastigar, de preferência, misturada ao caldo do peixe.
Natureza e lazer
Os visitantes podem se divertir em meio à natureza. O Lago Puraquequara, que desemboca no rio Amazonas atrais várias pessoas.
No Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, está o Bosque da Ciência, que tem como atração a Casa da Ciência, o lago Amazônico e projetos de preservação do peixe-boi, ariranha e outros.
O Museu de Ciências Naturais da Amazônia, com uma coleção de borboletas, insetos e peixes variados; o Zoológico do CIGS, para 300 animais de 73 espécies diferentes; e o Parque do Mindú, reserva ecológica com trilhas e centro de informações ambientais são áreas urbanas que merecem serem visitadas.
Também vale a pena conhecer o Horto Municipal, implantado em 1969. Ocupa uma área de aproximadamente 23 mil metros quadrados de relevo acidentado, com trilhas pavimentadas e mais de cem espécies vegetais entre orquídeas, bromélias, trepadeiras e samambaias.
No que diz respeito às praias, destaque para a Ponta Negra, com orla urbanizada e vida noturna movimentada, a 13 quilômetros do centro da cidade.
Mais distantes estão a Praia da Lua, com formato de lua crescente, areia branca e águas límpidas e mornas; e a Praia do Amarelinho, ponto de encontro que margeia o rio Negro, no bairro Educandos.
E para quem quer apreciar a natureza, pode alugar um carro e fazer uma viagem a cidade de Presidente Figueiredo, a 100 quilômetros de Manaus. A cidade é conhecida como a "Terra das Cachoeiras" .Possui também muitas grutas que valem a pena serem visitadas.

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