sábado, 23 de outubro de 2010

NA DEPENDÊNCIA DE DOIS DEBATES

Por Carlos Chagas
Debate ganha eleição? Depende. Há quem diga que John Kennedy tornou-se presidente dos Estados Unidos depois de bater Richard Nixon num entrevero na televisão. Como até hoje se argumenta que Fernando Collor foi para o palácio do Planalto por haver-se preparado melhor do que o Lula no segundo debate de 1989.
Como também existem os que negam propriedades miraculosas a esses já tradicionais encontros entre candidatos às vésperas do pronunciamento do eleitorado, melhor ficarmos em cima do muro: os debates entre Dilma Rousseff e José Serra, segunda-feira, na TV-Record, e sexta-feira, na TV-Globo, poderão mudar os presumidos resultado das urnas de domingo. No reverso da medalha, poderão confirmar as previsões feitas pelos institutos de pesquisa, de vitória da candidata do PT.
Se por hipótese Serra brilhar e Dilma perder-se, será possível imaginar muitos eleitores mudando seu voto. Mas a ponto de inverter o rumo dos ventos? Parece difícil, ainda que não impossível.
Quanto ao conteúdo das inquirições entre a companheira e o tucano, novidades não devem ser esperadas. A ladainha é a mesma desde que se defrontaram no início da campanha pelo primeiro turno, na TV-Bandeirantes. O baixo índice de audiência dos diversos debates realizados até agora revelou resultado sofrível, para não dizer lamentável. Serra e Dilma limitaram-se aos chavões que nada esclarecem, muito menos detalharam alternativas de ação futura. Só resta aguardar.

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