Qual é a notícia mais importante: a conquista dos três pontos em um jogo que começou complicado e que fez o Botafogo alcançar a liderança do Brasileirão ou a discussão de Caio e Herrera que gerou a expulsão de ambos?
A primeira, certo?
Não é o que todos falarão nos próximos dias.
Se o objetivo dos dois atacantes era evitar um oba-oba da torcida com a boa performance no início da competição, então o objetivo foi assegurado – o foco vai ficar na briga. Sobre o episódio, pouco a comentar da minha parte: o Caio errou no lance, o Herrera errou ao partir para cima dele, o juiz errou ao expulsar ambos – era cartão amarelo para Caio e vermelho para Herrera. E assim já foram, segundo avisou o gerente Anderson Barros minutos depois do fim do jogo. Aliás, uma intervenção oportuna do gerente, comunicando imediatamente a punição financeira e a advertência que receberam do Joel, sem dar tempo para especulações.
Mas também não convém esticar em demasia o episódio. Até porque ambos são essenciais para o Botafogo 2010, ainda mais com a ausência do Loco até o fim da Copa do Mundo. Nada de afastá-los do elenco – já seremos prejudicados o suficiente com a ausência de ambos contra o Cruzeiro. E também nada de tomar partido de um ou de outro. Os dois são importantíssimos para o time – basta relembrar que o Caio, mesmo sem grande inspiração, participou dos TRÊS COCÔS alvinegros: sofreu a falta no primeiro, dividiu a bola com o goleiro no segundo, esteve na jogada do terceiro, que foi marcado pelo Herrera. Nada de crucificar um ou outro, na minha opinião.
Sobre o jogo, tivemos basicamente dois momentos. Até os 40 minutos, sérias dificuldades de criação ofensiva e alguns vacilos de marcação que obrigaram Jefferson a nos salvar de ter as redes balançadas – mais uma vez, o meio não funcionou. E, pior, no ataque, muitos chuveirinhos, mas sem o Loco Abreu em campo – a cabeça do uruguayo fez falta por duas razões: ele é o ponto de equilíbrio emocional do time. Duvido que Caio e Herrera tivessem se estranhado se ele estivesse em campo.
Ai baixou um Mendonça no Lúcio Flavio e ele fez um golaço na cobrança de falta, gol que estava nos devendo há uns 378 jogos. Parece, inclusive, que o Mendonça estava no estádio e a torcida gritou o nome dele depois do gol. Cena bonita, hein?
Na sequência, num lance confuso, mas que o Caio teve participação decisiva ao trombar com o goleiro, Somália ampliou o marcador.
No segundo tempo, larga vantagem assegurada, o Botafogo se desamarrou. E o terceiro gol, todo construído com passes rasteiros, teve jeitão de Botafogo 2007. Troca rápida e envolvente de passes. Lucio Flavio fez infiltração e deu passe perfeito para Herrera pegar de primeira, a la Dodô-07, e marcar um belíssimo gol coletivo.
Ainda a destacar, a participação intensa da torcida (parece que a nova música pegou!) e a inteligência em fazer o tempo passar depois do 3 x 0. Inteligência que faltou a nossa dupla de ataque, sério desfalque para o jogo contra o Cruzeiro.
Nas mãos de Jefferson e nos pés dos atacantes e de L. Flavio e Somália, o Botafogo fez a vitória. Mas faltou a cabeça no lugar do Loco Abreu.
Novamente a história de que “há coisas que só acontecem com o Botafogo” – a respeito dessa briga (não foi nem briga!), dessa discussão com empurrão entre Herrera e Caio. Já aconteceram com o nensim, com o vaskim, com o palmeirinha e com a mulamba (quase toda semana). Agora, a providência tomada, de imediato, pela diretoria do clube, multando os jogadores, fazendo-os se desculparem com os colegas, com a Comisão Técnica e com os torcedores – esta sim só aconteceu com o Botafogo. No mais, é encerrar este episódio lamentável e dormir líder do campeonato brasileiro, sem medo de ser feliz.
Leão - Ainda bem que não consegue espaço no futebol do Rio. Suas entrevistas são ridículas na tentativa de fazer ironia e de culpar os outros, nunca o próprio trabalho. “O Rio de Janeiro é maravilhoso, o estádio é maravilho, o árbitro é maravilhoso”, foi apenas uma de suas pérolas. Se Deus quiser, jamais será treinador do Botafogo. Nota ZERO
Leão - Ainda bem que não consegue espaço no futebol do Rio. Suas entrevistas são ridículas na tentativa de fazer ironia e de culpar os outros, nunca o próprio trabalho. “O Rio de Janeiro é maravilhoso, o estádio é maravilho, o árbitro é maravilhoso”, foi apenas uma de suas pérolas. Se Deus quiser, jamais será treinador do Botafogo. Nota ZERO
Eu, cá do meu canto, estou a vibrar, sobretudo com o fato do Lúcio Flávio voltar a fazer gol – e de falta. Como dizia um político aqui da terrinha: – Melhor do que isso, só dois issos…
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