CARLOS CHAGAS
Michel Temer anda tão feliz com sua candidatura a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff que na madrugada de ontem, depois de lauto jantar com a candidata e perto de 200 deputados, deu-se ao luxo de comparecer ao bar de um afamado restaurante de Brasília, a pretexto de fumar charutos. Estava feito pinto no lixo, agora que foi aceito sem contestações pelo PT. Admitiu comparecer a um debate com os demais candidatos a vice, caso alguma emissora de televisão se interesse em promovê-lo. Deve cuidar-se, caso a hipótese se concretize, pois os demais postulantes a inquilinos do palácio do Jaburu só teriam um objetivo: agredi-lo de todas as formas possíveis, credenciando-se, assim, a quinze minutos de exposição nas telinhas. Melhor faria o ainda presidente da Câmara se aceitasse posicionar-se à sombra de Dilma, acompanhando-a na campanha por todo o país e falando o mínimo possível. Depois, se eleita a candidata, trataria de coordenar a política do novo governo com o Congresso.
FALTA DE TERRA.
Em 1960, perdeu-se nos céus de Mato Grosso o avião em que viajavam Jânio Quadros e Milton Campos, em campanha pela presidência e vice-presidência da República. O piloto suava frio, o combustível se esgotava e nada de aparecer algum município ou aeroporto oportuno. O dr. Milton tinha problemas de pressão arterial e logo as atenções voltaram-se para ele, com a célebre pergunta sobre se estava com falta de ar. O magistral mineiro não perdeu a oportunidade e respondeu: “falta de ar, propriamente, não. Estou mesmo é com falta de terra...”
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