Programa de Dilma melhora, mas falta mais Lula.
Ainda faltam declarações mais fortes e menos protocolares de Lula, mas o programa de Dilma de ontem à noite já foi bem melhor. Mais leve. incisivo no que importa e otimista.
Logo em sua primeira fala, Dilma falou que trilharia o caminho aberto por Lula e mais tarde disse que a garantia de que fará o que promete é o que já fez “lado a lado com o presidente Lula”. A referência permanente à Lula é necessária até porque Serra usou mais um de seus recursos vis e explorou com insistência a palavra continuidade, como se ele a representasse.
Dilma também falou mais relaxada, em tom de conversa, e não presa numa imagem de estúdio. O programa destacou bem o que interessa à maioria da população, como o microcrédito, a banda larga nas escolas públicas, a casa própria e o significado do pré-sal para melhorar a vida dos brasileiros. Foi boa a vinheta “o Brasil tá mudando e não pode parar” entremeando as grandes obras que vem acontecendo no país e que serão garantidas por Dilma.
A aparição do vice Michel Temer foi no tom certo, destacando a importância da maioria parlamentar conquistada que permitirá a Dilma governar com tranquilidade.
A manifestação de artistas e intelectuais pró-Dilma que aconteceu na segunda-feira a noite no Rio deveria ter sido mais bem explorada, mas a escolha pelos depoimentos de Chico Buarque e de Gilberto Gil caiu bem.
Só a declaração de Lula, que não era nova, destoou do tom do programa. Lula precisa aparecer como é, falando sem roteiro e sem as amarras que ficam visíveis quando ele é obrigado a ler algum texto. A sua presença no programa é fundamental e decisiva e não pode ser desperdiçada.
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