Por Brizola Neto, TIJOLAÇO
O comando serrista na mídia não perde tempo. O Estadão, que tratou com a cautela jornalística necessária a suposta agressão a Serra no Rio, pouco depois alterou o título da matéria para ficar mais ao agrado do candidato tucano.
Na primeira matéria publicada, seguindo o relatado pela jornalista, o título dizia: “Assessoria diz que Serra foi atingido durante caminhada tumultuada no Rio”. O cuidado em atribuir a afirmação à assessoria era correto, já que a repórter não viu, e escreveu isso, qualquer ferimento na cabeça de Serra.
Pouco depois, porém, o título foi alterado para “Serra compara PT a grupo nazista em caminhada tumultuada no Rio”. Como a repórter, que estava no local, não alterou uma letra sequer na correta cobertura que havia feito, o que levou o jornal a modificar um título correto e imparcial por outro francamente favorável a Serra?
O Estadão tinha feito melhor jornalismo que a Folha, que não colocou a agressão em xeque e intitulou assim sua matéria: “Serra leva pancada na cabeça em confusão com militantes do PT no Rio”. Pela matéria da Folha, o tucano “foi atingido por um rolo de adesivos na testa, logo acima do olho direito”.
Em seguida, afirma que “Serra chegou a colocar gelo na cabeça para amenizar a dor, mas não chegou a sangrar”. Se o local atingido foi a testa, logo acima do olho direito, porque o candidato colocaria gelo na cabeça?
Mas esse tipo de pergunta somos só nós, ingênuos, que fazemos. A mídia está aí para ajudar Serra e não complicar sua vida, como prova a mudança no título da matéria do Estadão.
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