UMA FINAL LUMINOSA

JUCA KFOURI

As táticas que me perdoem, mas os craques são fundamentais. E a final de hoje é muito mais deles.

O QUE GANHOU foi o futebol. Isso mesmo!

Espanha e Holanda farão uma final que, antes de mais nada, homenageia o futebol.

Sem excesso de esquemas, privilegiando quem sabe jogar bola, como Iniesta, como Xavi, como Robben, como Sneijder. Sem clausuras, sem chiliques, sem imposturas religiosas, com as mulheres presentes, como no caso holandês, e sem lealdades burras, como comprova o técnico espanhol, capaz de botar um menino como Pedro para jogar no lugar da estrela Fernando Torres. Porque o grupo são todos, não apenas alguns poucos eleitos.

Aliás, o treinador que esteve no Brasil no comando do Real Madrid no Mundial de Clubes da Fifa, em 2000, mantém o mesmo jeitão de dez anos atrás, a mesma cara na derrota ou na vitória, nenhuma afetação. De terno, porque parece ter nascido de terno. Naturalmente deselegante e competente esse Vicente del Bosque, um treinador à antiga, como Vicente Feola, o brasileiro campeão mundial de 1958.

O Soccer City deve ser palco de festa magnífica.

SELEÇÕES.

Desde que inventei de publicar aqui uma seleção de jogadores nascidos em outubro, exatamente em outubro do ano passado, um time imbatível com Garrincha, Pelé e Maradona, mês a mês, com mais ou menos espaço, as seleções têm sido publicadas.

Pulei a de junho, certo de que ninguém notaria, e me dei mal. Houve quem reclamasse.

Pois vão aí as de junho e julho, nesta época em que o assunto é Copa do Mundo. O russo Dasaiev; Cafu, Luís Pereira, Zózimo e Maldini; Lampard, Vieira, o francês, Michel Platini e Paulo César Caju; Lionel Messi e Raúl (Madri), eis o time de junho.

O de julho: Fillol; Carlos Alberto Torres, o uruguaio Ancheta, o italiano Facchetti e Júnior, o lateral esquerdo campeão mundial de 2002; o argentino Redondo, o gênio Di Stéfano, Telê Santana, Friedenreich, o argentino Kempes e Vialli, o italiano.

SAUDADES

Sim, do Brasil, e com muita vontade de ver Ceará x Corinthians, nesta quarta-feira, o duelo dos invictos, na volta do Brasileirão. Como você, cada vez mais gosto dos clubes e ligo menos para a seleção.