sábado, 14 de agosto de 2010

O MESMO FIGURINO

Por Carlos Chagas.
Dilma, Serra e Marina vestem o mesmo figurino. Tanto faz se acusam ou defendem o governo Lula e o governo Fernando Henrique através de críticas periféricas, mas, na realidade, concordam em gênero, número e grau com o modelo econômico vigente. São neoliberais, filhos do mercado e cultores da livre concorrência entre quantidades distintas. Uma promete criar mais 14 milhões de empregos sem lembrar quantos a foram perdidos nos últimos sete anos e sete meses. Outro quer mais 400 quilômetros de metrô nas principais capitais. Sem falar naquela que pretende governar com o melhor de todos os contrários, de Cristo ao Capeta.
Com todo o respeito, nenhum dos três candidatos apresentou até agora qualquer proposta de mudança efetiva na economia, nas instituições ou no plano social. Querem continuar, mesmo aprimorando, a estratégia adotada desde antes dos tempos do sociólogo, pois inaugurada por Fernando Collor, que agora a reivindica, ou até antes dele. Um modelo para privilegiar os privilegiados e massacrar os massacrados.
Qualquer dos três capaz de ser eleito mudará muito pouco o cenário que a propaganda pinta de ideal, apesar de responsável pela sempre maior concentração de renda nas mãos de uns poucos. Como a Plínio de Arruda Sampaio cabe apenas a denúncia, sem chances de vitória, resta concluir que nada vai mudar, nos próximos quatro anos.

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