Por Carlos Chagas.
A propósito, vai uma historinha a mais de Tancredo Neves. Logo depois de tomar posse no governo de Minas, seu secretário de Planejamento, Ronaldo Costa Couto, entrou preocupado no gabinete do chefe, informando da uma verdadeira conspiração na bancada mineira, com apoio até de muitos deputados do PMDB. Iam apresentar no Congresso projeto criando o Estado do Triângulo, separando da matriz aquela sucursal tão rica e promissora. Daquela vez seria para valer, apesar de tentativas anteriores malogradas.
Tancredo não se perturbou e o respeitado assessor exasperou-se, indagando se ele não estava percebendo o perigo que seria a separação, tanto em termos administrativos quanto políticos. Recomendando calma, o governador afirmou já estar preparado para aquele golpe, dispondo de solução tão eficaz quanto imediata.
“Qual ?” “Ora, assim que o Congresso aprovar a criação do novo estado, vamos aderir a ele, pedindo que o Triângulo aceite a incorporação...” Coincidência ou não, a proposta foi abandonada e Minas continua uma e indivisível, até hoje.
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