sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De meu ponto de vista, a democratização dos meios de comunicação será também o fator que possibilitará o avanço do movimento de inclusão da população brasileira e da emancipação do país no conjunto das nações. Porém, não será nada fácil alcançar esta meta. O atual controle midiático por oligopólios privados (as máfias midiáticas) dá aos inimigos da democratização uma capacidade de resistência enorme. Toda e qualquer iniciativa (ainda que moderada) que vise abrir espaço para a participação do conjunto da sociedade nos meios de comunicação é e será sempre bombardeada pelos órgãos da máfia midiática, sem que haja canais alternativos equivalentes para que as ideias dos que defendem o fim do controle oligopólico se expressem. Vai ser preciso muita vontade e decisão política para enfrentar este desafio. A campanha de satanização do governo por parte da máfia midiática, que já é grande, aumentaria virulentamente, podendo chegar aos níveis do que vem sendo feito contra Hugo Chávez nos últimos dez anos. Eu gostaria muito que Dilma Rousseff aceitasse este desafio, mas entendo também que, para tomar esta decisão, ela terá que se enfrentar até mesmo com várias das correntes políticas que fazem parte de sua atual base de sustenção parlamentar. Não nos esqueçamos que Sarney, Hélio Costa e vários outros nomes de destaque são também representantes dos interesses maiores dos grupos que detêm o controle da informação no país. Os setores populares e de esquerda em geral também não podem se contentar com pedir medidas contra os oligopólios midiáticos e não se prepararem para enfrentar as consequências dos embates que virão. Falar e pedir é sempre fácil. No entanto, a luta para alcançar de fato o que se pede ou exige é muito mais árdua.

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