sexta-feira, 5 de novembro de 2010

TRANSIÇÃO DESNESSÁRIA

Por Carlos Chagas.
Na República Velha os presidentes eram eleitos no primeiro dia de março e só tomavam posse a 15 de novembro. Um interregno desnecessário onde o país convivia com dois chefes de governo, o que saía e o que entrava.
O tempo passou, os períodos dessa constrangedora convivência foram encurtados mas, mesmo assim, nossas instituições seriam aprimoradas se apenas uma semana separasse a eleição da posse.
No caso atual, acresce estar sendo encenada uma fantasia. Para que equipe de transição entre os governos Lula e Dilma, se com as correções necessárias, a equipe é a mesma? Antônio Palocci de um lado, Paulo Bernardo de outro, quando ambos tem todas as chances de integrar o novo ministério?
Cinqüenta funcionários do Lula prontos para informar a turma da Dilma, que é a mesma, ou quase isso?
Mas tem mais: quem estará melhor preparado para saber das realizações, carências e objetivos do governo atual senão a própria Dilma, que por tantos anos comandou a coordenação administrativa? A impressão é de que essa tal equipe de transição funcionará apenas para preencher o vácuo de dois meses entre os dois governos.

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