Por Carlos Chagas.
Não propriamente surpreenderam, os governadores eleitos ou reeleitos. Todo mundo sabia serem muito capazes. Aliás, capazes de tudo. Já se organizaram acima das divergências partidárias para participar da encenação liderada pelo presidente Lula e por sua sucessora, com vistas a dotar o governo de mais alguns bilhões, fazendo ressuscitar o imposto sobre o cheque. A sigla poderá ser outra que a CPMF, mas o objetivo é o mesmo de avançar no bolso do cidadão comum.
Os governadores terão aumentada a arrecadação em seus estados. A presidente Dilma Rousseff terá caído nas boas graças dos governadores, além de um razoável faturamento extra. E o presidente Lula se terá vingado dos senadores de oposição que derrubaram a CPMF.
Excepcional resultado para todos, menos, é claro, para o contribuinte, mas ele é apenas um detalhe. Os governadores valeram-se do voto popular. Venceriam as eleições se tivessem anunciado em praça pública que sua primeira iniciativa seria aumentar impostos? Por isso calaram durante as campanhas. Agora, com pelo menos mais quatro anos de poder garantidos, deixaram cair a máscara. Nem Antônio Anastásia nem Geraldo Alckmin ficaram de fora. Só falta mesmo um deles sugerir que além de um percentual sobre cada cheque passado, a nova CPMF venha a atingir todas as operações praticadas com cartões de crédito ou pela Internet...
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