Por Carlos Chagas
Vale insistir no assunto: caso venha a assumir a presidência nacional do PT, já como ex-presidente da República, o Lula ficará instrumentalizado para dedicar-se à reforma política. Uma reunião do diretório nacional do partido ou, mesmo, uma mini-convenção extraordinária, bastariam para, por aclamação, dar ao primeiro-companheiro, de direito, a função que há muito lhe cabe e que jamais deixou de exercer, de fato.
Teria, o Lula, um gabinete e respectivas assessorias onde reunir-se com os líderes do partido e as bancadas. Aliás, dois gabinetes, um em Brasília e outro em São Paulo.
Nenhum problema existiria na substituição de José Eduardo Dutra, pronto para ocupar um ministério ou, dependendo das circunstâncias, uma cadeira no Senado, primeiro suplente que é de um titular também cotado para integrar a equipe de Dilma Rousseff.
Assim se delineia o futuro do presidente, bem longe da boataria que um dia o aponta como secretário-geral das Nações Unidas, em Nova York, outro como diretor-geral da FAO, em Roma, e, nos fins de semana, até presidente da Fifa, na Suíça. Nenhuma função no exterior parece sensibilizá-lo, menos por tratar-se de um monoglota, mais por não abrir mão de dedicar-se ao Brasil.
Haverá que aguardar a posse de Dilma Roussef e o período necessário ao merecido descanso do presidente, pelas impressões gerais, não superior a um mês. Só depois seria anunciada a decisão
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