Fifa fatia Copa entre anunciantes e leva R$ 6 bi.
Entidade fatura com detalhes do torneio.
Nunca uma Copa foi tão mercantilizada como a de 2010. Cada aspecto da organização trouxe a tiracolo um parceiro da Fifa. Com essa estratégia, a entidade embolsou R$ 6 bilhões, um recorde.
A estratégia provocou ontem um protesto. Três ex-diretores da revista "France Football", que durante 50 anos concedeu o troféu Bola de Ouro ao melhor atleta da Europa, divulgaram uma nota em que consideraram um erro a venda da marca à Fifa.
A política da entidade deixou até os novos campeões mundiais em segundo plano. Na cerimônia de premiação, foi impossível ouvir a reação do público porque a entidade teve de cumprir compromissos com patrocinadores e tocar, em volume ensurdecedor, músicas "compradas".
Até na apresentação da taça foi feita uma ação de marketing. O italiano Cannavaro levou o troféu ao gramado em uma mala Louis Vutton.
No Mundial, o prêmio do melhor jogador das partidas foi associado a uma marca de cerveja e batizado de Budweiser Man of de Match.
Já o McDonald's faturou em cima das crianças que entravam em campo com os atletas. Também patrocinou os shows no intervalo, de meninas dançando com minissaias, mesmo com frio às vezes próximo de 0 C.
"(No futebol), existe, evidentemente, uma dimensão econômica importante. É por isso que valorizamos e premiamos os melhores do mundo", disse o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
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