quinta-feira, 12 de agosto de 2010

MARANHÃO

DO TIJOLAÇO - Por Brizola Neto.
Gás no Maranhão mostra erro da privatização.
A Petrobras tentou, mas perdeu a licitação para o bloco PN-T-68, situado na bacia terrestre do Parnaíba, rio que separa o maranhão do Piauí. Agora, o empresário Eike Batista, dono da OGX, que controla a exploração do trecho, anunciou ter achado “meia Bolívia” de gás, em perfurações relativamente rasas, a 1500 metros de profundidade.
São reservas capazes de gerar uma produção de 15 milhões de metros cúbicos por dia, um quarto do que produz o país atualmente. A empresa ainda está fazendo sondagens nos municípios de E pretende instalar duas termelétricas a gás para aproveitar o combustível, em capinzal do Norte e Itaqui.
Barra do Corda, Itaipava do Grajaú, São Roberto, São Raimundo do Doca Bezerra, Joselândia, Esperantinópolis , Santa Filomena do Maranhão, Presidente Dutra, Dom Pedro, São José dos Basílios, Tuntum, Altamira do Maranhão, Alto Alegre, Bacabal, Bom Lugar, Coroatá, Paulo Ramos, Vitorino Freire e Santa Luzia.
Não podemos lamentar o achado, muito menos numa região carente como aquela, sobretudo em fontes de energia elétrica de origem hidráulica. Devidamente explorada, a jazida poderá baratear em muito o custo da energia – residencial e industrial – para a região do Meio-Norte (Maranhão e Piauí), uma das mais caras tarifas do país.
Mas podemos e devemos lamentar que este ativo estratégico esteja sobre controle privado, embora seja positivo que seja o de um grupo controlado nacionalmente. É uma reflexão para os que acham que a iniciativa privada pode controlar a energia pensar que uma riqueza tão bem situada estrategicamente vá depender da – tomara que haja – capacidade privada de desenvolve-la com a rapidez que se exige.
Que o Governo federal, diante disso, use seu peso político e econômico para que o empresário desenvolva a exploração no ritmo e nas condições mais adequadas a atender o desenvolvimento daquela área tão carente do Brasil e não, simplesmente, revenda a energia para grandes plantas industriais de fora. Existem meios para isso, porque temos ainda relativo controle sobre as linhas de transmissão de energia e sobre o mercado de eletricidade.

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