Dom Bergonzini, bispo da extrema direita do clero num país latinoamericano, encomenda 20 milhões de panfletos que simulam a chancela da Igreja católica para atacar e caluniar a candidata da esquerda nas eleições presidenciais, a 15 dias da votação. Um lote do material é rodado na gráfica da irmã do coordenador de campanha do candidato adversário, um político papa hóstia, falso carola, apoiado pelas forças do conservadorismo, cuja mulher fez aborto mas apregoa que a adversária do marido ‘é a favor de matar as criancinhas’. A imprensa resiste em perguntar: de onde veio o dinheiro, Dom Bergonzini? Tampouco cogita indagar se o bispo e os donos da gráfica tem contato com outro personagem obscuro, um certo Paulo Preto que o candidato conservador chama de 'Paulo afro-descedente'. Apontado como o caixa 2 da campanha da direita, Paulo desviou R$ 4 milhões arrecadados, mas guarda segredos e fez ameaças ao líder, obrigando-o a ir aos jornais declará-lo um cidadão acima de qualquer suspeita.Leia outras perguntas silenciadas (Carta Maior; 17-10)
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