domingo, 31 de outubro de 2010

PARTITURAS RENOVADAS

Por Carlos Chagas.
No âmago do ninho dos tucanos começaram, há dias, trocas de idéias a respeito do futuro, no caso da provável  derrota de José Serra. Será preciso coragem para recompor a terra arrasada pela vitória de Dilma Rousseff e traçar  novos rumos. De início, abandonar a postura que a campanha eleitoral acirrou, de conflitos,  confrontos e agressões injustificáveis até quando se disputam votos.  Por certo que,   no reverso da medalha,  jamais a adesão, muito menos a complacência
Substantivos em vez de adjetivos, seria uma diretriz certamente comandada pelo senador Aécio Neves, tanto por sua liderança inconteste quanto como preparação para as eleições de 2014. Volta a proposta sempre tentadora para as oposições,  mas tantas vezes tornada inexeqüível, da constituição de um shadow gabinet, ou seja, de um anti-ministério funcionando na sombra, com cada setor do novo governo examinado e,  se necessário,   criticado  por figuras de competência pinçadas nas bancadas parlamentares do PSDB, do DEM  e adjacências.
Nada de radicalismos, mas  firmeza na apresentação de alternativas  para o modelo praticado pelo PT e aliados. Inflexibilidade na apuração de possíveis denúncias de irregularidades, se acontecerem, mas compreensão diante de propostas consideradas essenciais para o desenvolvimento do país.  
No correr de novembro deverão  reunir-se os principais líderes e as bancadas recém eleitas da oposição,  com ênfase para os governadores e sem desconsiderar antigas figuras de destaque no passado. Em suma, uma orquestra capaz de executar  partituras renovadas.

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