terça-feira, 2 de novembro de 2010

MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO

Por Carlos Chagas.
Não se passaram quinze minutos após a confirmação,  pelos   primeiros números,   de que Dilma Rousseff já estava eleita:   uma  singular metamorfose atacou  apresentadores, âncoras,  comentaristas e repórteres televisivos empenhados na   narração das apurações.  Fora as exceções de sempre, durante semanas, até meses, seguindo exigências e orientação  dos responsáveis pelas redes, esses profissionais esmeraram-se em tratar a candidata com arrogância. Até levá-la ao ridículo tentaram.  Caracterizada a vitória,  virou objeto de  devoções profundas.   Tornou-se uma estadista.
Essas mudanças de comportamento fazem parte da natureza humana, mas, convenhamos, a mudança aconteceu rápido demais. Algumas horas depois, o mesmo fenômeno pode ser constatado pela leitura dos jornalões de ontem. A nova presidente não era mais a parceira de Erenice Guerra. Tornou-se a esperança nacional.

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