Por Carlos Chagas.
Cada eleição presidencial tem suas peculiaridades. Algumas empolgam o país muitos meses antes. Outras, nem tanto. Em alguns casos, sabe-se com antecedência quem será o vitorioso. Como também pode sentir-se a dúvida levada até o dia da votação. Não há relação necessária entre as duas situações referidas. Um candidato que já se sabe vencedor pode continuar eletrizando o eleitorado, fenômeno verificado com Jânio Quadros, assim como uma eleição de resultados ainda indefinidos como a atual pode dar sono em todo mundo.
Até agora prevalece uma espécie de desinteresse pelas eleições de outubro, talvez pelo fato de faltar empatia aos candidatos, nenhum deles com propostas capazes de sensibilizar as massas. O primeiro debate entre eles confirmaria o que expomos, não fossem as bissextas intervenções de Plínio de Arruda Sampaio, por certo incapazes de mudar o quadro.
Na terça-feira da próxima semana começa o período de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, mas, fora algum inusitado, a pasmaceira deverá continuar. Enganam-se os que jogam todas as fichas numa reviravolta empolgante.
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