sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ex-diretor da Dersa acusado de desviar doações ao PSDB vai à Justiça contra tucanos.
Os advogados do engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de Engenharia da Dersa (Companhia de Desenvolvimento Rodoviário S/A), pediram à Justiça em São Paulo a abertura de uma ação penal contra os dirigentes tucanos Eduardo Jorge Caldas e Evandro Losacco, além dos jornalistas da revista "IstoÉ" Sérgio Pardellas e Claudio Dantas.
Souza os acusa da prática dos crimes de calúnia e injúria por conta da publicação de reportagem em que ele é acusado de arrecadar R$ 4 milhões, à margem da lei e em benefício próprio, sem o conhecimento do partido ao qual é ligado, o PSDB.
As penas para tais crimes podem variar de seis meses a dois anos de prisão em caso de condenação.
A reportagem, publicada no último dia 18 e que tem como título "Um Tucano Bom de Bico", afirma que, "segundo oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB ouvidos por "IstoÉ", Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para as campanhas eleitorais 2010, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê do presidenciável José Serra".
No texto Losacco, hoje candidato a deputado estadual pelo PSDB, diz que "essa arrecadação (de Souza) foi puramente pessoal. Mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder, infelizmente, ele tinha. Às vezes, os governantes delegam poder para as pessoas erradas".
Quanto a Eduardo Jorge, a revista reproduz uma afirmativa que, no contexto, faz pressupor a existência da arrecadação, pois afirma que Souza "arrecadou por conta própria, sem autorização do partido".
EJ nega ter dito isso à reportagem da revista "IstoÉ".
Por meio da assessoria do PSDB, informou que encaminhou uma carta à revista, que não foi publicada, na qual afirma desconhecer o assunto tratado na reportagem e declara que nada daquilo poderia ser verdade, pois as únicas pessoas autorizadas no partido a fazer captação de recursos são os tesoureiros oficiais -José Gregori e Sérgio Freitas.
Procurado pela Folha, Losacco disse ainda não tomou conhecimento da ação, por isso não poderia fazer comentários neste momento.
O diretor de Redação da "IstoÉ", Mário Simas, afirmou que "a reportagem revela aquilo que é dito e sabido no PSDB, informações declaradas por líderes do partido e outras ditas reservadamente por dirigentes da legenda e também de empresas. Se for o caso, vamos nos defender no foro adequado"

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