Por Carlos Chagas.
Diz o refrão popular que quem parte e reparte fica com a melhor parte. Outro dia o presidente do PMDB, vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, repartiu o pão. Disse aos seus deputados e senadores, num jantar de gala, que o partido não abriria mão do que tem direito, no futuro.
Mais tarde, Temer desmentiu estar o PMDB loteando o governo Dilma. Se alguém pensasse assim estaria enganado e desautorizado. O novo ministério dependerá da presidente, o partido não vão exigir nem impor ministérios.
A conclusão a tirar dessa aparente contradição é de que o pão será primeiro repartido no Congresso, nessa refeição inicial da aliança do PMDB com o PT. A chefia e a condução do Executivo será da candidata, se ganhar a eleição, como parece.
Mas o comando do Congresso será deles, peemedebistas, da mesma forma se elegerem as maiores bancadas na Câmara e no Senado. Traduzindo: preparam-se para ocupar as presidências das duas casas. Num caso com Henrique Eduardo Alves. No outro, com José Sarney. Aos companheiros serão oferecidos pedaços de pão, como lugares importantes nas mesas diretoras. Para os partidos menores, migalhas.
Como se trata do café da manhã, será preciso projetar as refeições seguintes, o almoço, o jantar e a ceia. Repartir o pão, claro, mas se Dilma Rousseff fizer o mesmo, ou seja, se abrir para o PMDB vagas no ministério, em troca do apoio para a aprovação dos múltiplos projetos de interesse do futuro governo. Nessa hora valerá até servir pão dormido, prelúdio das negociações. Quanto a saber o seu tamanho e paladar, dependerá do resultado das eleições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário