O amigo mais íntimo dos trabalhadores.
Ser pop star é pouco para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ontem, ele procurou se mostrar como o amigo mais íntimo dos trabalhadores. E conseguiu, sem muito esforço. Durante visita às obras de terraplenagem da Refinaria Abreu e Lima, o presidente não se fez de rogado. Ao passar por um corredor cercado por grades, chegou perto das pessoas, retribuiu abraços, apertos de mãos e muitos beijos. Não se importou nem mesmo com os puxões que recebia para dar mais atenção aqui ou acolá. Lula tirou tantas fotos quanto possível, gravou vídeos caseiros, deu autógrafos em camisas e capacetes operários. Era só sorrisos.
Beijos, abraços, aperto de mão, muitas fotos e nos braços do povo.
Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
O presidente aproveitou a visita às obras de terraplenagem para deixar sua marca. Como fazem as estrelas de Hollywood, ele colocou as duas mãos numa placa de cimento para que, ao endurecer, ela seja levada para o futuro Museu da Refinaria. O mesmo destino terá um capacete de operário assinado por ele, segundo a assessoria de imprensa de Suape. A intenção é manter as peças em vitrine para lembraro papel político do presidente em Suape.
Enquanto Lula cumprimentava os trabalhadores na Refinaria, centenas de trabalhadores o esperavam na PetroquímicaSuape, um atraso de quase duas horas. Alguns se sentaram no chão, mas como o ambiente estava climatizado e tocava som ambiente, a canseira foi menor que em outras ocasiões.
A descontração foi mantida com imagens de funcionários exibidos em dois telões e nove televisores de 42 polegadas instalados no local. Quando o presidente chegou, foi ovacionado ao som de "Lula, Lula". Uma espontaneidade rara em comícios. "Eu briguei tanto para ser presidente, mas ninguém me respeita, ninguém me chama de excelência. É só Lula para cá e Lula para lá", brincou, acrescentado que conquistou a intimidade com as pessoas por saber ouvir.
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