Por Carlos Chagas
Debruçada sobre o mapa do Brasil, dona Dilma estará verificando que apesar de Brasília estar marcada pela cor vermelha, ao redor e até mais adiante prevalece o azul. Goiás, Minas, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul são estados loteados pela oposição. Vivêssemos tempos idos e correria risco a própria existência da capital federal, cercada de adversários.
Registra-se apenas um cinturão de dúvidas felizmente hoje transferidas para o plano dos confrontos políticos e das lides administrativas.
Inexistissem outras razões mais nobres estaria apenas nessa imagem geográfica a disposição da nova presidente da República de estender as mãos às oposições. Sem esquecer, é claro, que estados amigos também envolvem os estados que a cercam.
Senão de congraçamento, a hora é de todos buscarem entender-se. Começando por ela mas passando pelos governadores dos estados referidos. Afinal, se o governo central precisa deles, a recíproca será mais do que verdadeira: não governarão sem Brasília.
Nesse período de euforia que se segue ao festival eleitoral, começam a sair pelo ralo os choques, as agressões e a violência das campanhas. O perigo é o refluxo.
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