A diretoria do Botafogo atirou no que viu e acertou no que (ainda) não viu.
Geração Engenhão: O Primeiro Passo.
A iniciativa de abrir o Engenhão na manhã de domingo para recepcionar os torcedores, mediante senha retirada gratuitamente, e deixá-los conhecer o estádio por dentro e tendo como ponto alto o encontro com Maicosuel, foi um gol de placa.
Por vários motivos. Os mais óbvios, claro, são a aproximação do torcedor com o ídolo só conhecido dos gramados e da tevê, logo ele, o cara que entortou Juanita e resgatou a nossa auto-estima no início de 2009. Também não podemos esquecer da alavancagem da venda de produtos oficiais, do contato com os outros ídolos presentes (Mendonça e Gonçalves), do clima de confraternização com torcedores de diferentes origens e gerações, da viabilidade de um programa familiar domingueiro que todos puderam desfrutar com segurança, etc.
Mas o que gostaria de destacar aqui é que, mais do que o encontro com o Maicosuel, esse domingo certamente representou para parte dos torcedores alvinegros um encontro mais íntimo com a sua própria casa, o Engenhão. Eles puderam conhecer o estádio por dentro, ir até o vestiário, sala de imprensa, sala de troféus (levados para lá), camarotes, etc.
Foi como se o Botafogo, PELA PRIMEIRA VEZ, dissesse para os alvinegros: “Fiquem à vontade, a casa é de vocês”. E os torcedores corresponderam -dêem uma olhada no tamanho da fila num domingo de manhã. MAIS DE DUAS MIL PESSOAS passaram pelo estádio sem ir ver um jogo- é muita coisa.
O que explica isso? A recente idolatria pelo Mago, claro. Mas também a oportunidade única de reforçar os laços com o clube.
Ou vocês têm alguma dúvida que muitos botafoguenses foram convertidos ou confirmados nesse domingo? Garotos quepela primeira vez puderam tirar foto com um jogador, moradores de ruas vizinhas ao Engenhão que aproveitaram para conhecer o estádio, entre outros.
Sobre as crianças: E o potencial multiplicador dessa experiência no dia seguinte na escola, com o garoto tirando onda com os amigos, pois pôde conhecer pessoalmente o ídolo do clube? É assim que se fideliza um torcedor na infância – somados, claro, à boa fase do time, a conquista de títulos, etc. Mas esse primeiro passo, tão cobrado aqui nesse blog para a formação da Geração Engenhão, foi dado – e com organização e profissionalismo (vejam o nível das fotos de divulgação, colocadas no site oficial do clube, aqui reproduzidas).
Parabéns, diretoria alvinegra. Que façam outros eventos do mesmo porte – e em outras cidades. Brasília, por exemplo, os espera de braços abertos - Vocês vão ficar surpresos com a acolhida dos candangos.
Agora, é necessário pegar o embalo do acerto e ajustar, com urgência, o horário de abertura da sala de troféus em General Severiano. O lugar mais glorioso de nossa sede não pode funcionar como repartição pública e fechar aos sábados e domingos nem para almoço. Ou seja: o torcedor (carioca ou de outros estados) que trabalha de segunda a sexta, só pode ir no fim de semana à sede. Vai na loja oficial, de repente pode até conseguir ver um treino recreativo (geralmente na manhã de sábado) antes de um jogo, mas não tem direito a visitar a sala onde são guardadas as nossas conquistas. Tá na hora de corrigir essa grave falha.
Fotos: Site oficial do Botafogo/Agência Agif
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