Por Carlos Chagas.
Nem tudo é sucesso, na campanha eleitoral liderada pelo presidente Lula. Dilma Rousseff parece eleita, mas aumentar as bancadas do PT no Congresso, por enquanto, é sonho de noite de verão. Em especial no Senado, motivo das maiores preocupações do primeiro-companheiro.
Conforme pesquisas realizadas nos estados, dos 54 senadores a ser eleitos em outubro, o PT deverá eleger apenas sete: Jorge Viana, no Acre, Delcídio Amaral, em Mato Grosso do Sul, Gleise Hoffman, no Paraná, Humberto Costa, em Pernambuco, Wellington Dias, no Piauí, e Marta Suplicy, em São Paulo. Permanecerão, do PT, apenas o suplente de Tião Viana, no Acre, e Eduardo Suplicy, em São Paulo. O resultado é que o partido, hoje, tem nove senadores, e continuará com nove, na melhor das hipóteses.
É claro que dos 81 senadores atuais, mais da metade pertencem a partidos que apóiam o governo, ou seja, estão com Lula e Dilma, mas garantir, ninguém garante. Ainda permanecem abertas as cicatrizes da derrota na prorrogação da CPMF. Dos favoritos na disputa pelas duas novas vagas, também mais da metade respaldam o governo, mas é a velha história de que, nas votações passadas e futuras, cada caso é um caso. A nova presidente da República precisará negociar, porque fechados mesmo com ela, só nove. As negociações, muitas vezes, custam caro.
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