quarta-feira, 4 de agosto de 2010

XEQUE-MATE

TIJOLAÇO - Por Brizola Neto
2ª regra do debate: O ataque é deles; o contra-ataque é nosso.
Como o reinício das atividades da Câmara, acabei não tendo tempo de terminar minhas observações sobre o debate de amanhã, na Band, o primeiro entre os presidenciáveis.
Na minha opinião, Serra não vai começar agressivo, mas o seu controle de nervos não vai durar muito tempo.
Como um time que, em desvantagem no placar –e só o Datafolha está segurando o “coiso”, tenta se organizar para ir ao ataque e, não conseguindo marcar um gol e vendo o tempo passar começa a se desesperar e ficar vulnerável, também o tucano não vai passar fácil no terceiro bloco. É a hora de aproveitar as brechas que vão começar a se abrir.
Dilma deve lembrar-se que não é mais aquela candidata que, há três meses atrás, precisava provar que era preparada, articulada, definida nos seus argumentos e posições. Ou, como diziam seus detratores, “o poste”. A parcela da população que vai assistir o debate é a mais bem informada, sabe o que está se passando no processo eleitoral.
O resultado deste debate não será medido pelas propostas, mas pela forma com que cada candidato se apresentará. Dilma precisa mentalizar que seu principal adversário já perdeu qualquer limite ético e não é mais um homem de esquerda. Pode apelar, com a maior sem-cerimônia para temas como drogas, guerrilha, multas do TSE.
E, nestes temas, todos os ataques podem ser anulados com as contradições do próprio tucanato.
Se Serra tirar o corpo das situações ocorridas no Governo FHC, Dilma sabe muito bem como mostrar a fraqueza moral de quem não é solidário com o presidente a quem serviu e que foi, em 2002, o padrinho de sua candidatura.
A candidata das forças progressistas está preparada, podem acreditar.
O desespero bateu foi do lado de lá. E isso, se faz de Serra um adversário mais agressivo e sem escrúpulos, deixa-o também, mais vulnerável e desequilibrado.
E, sem sombra de dúvida, o equilíbrio que Dilma demonstrar amanhã fará, creiam, inverter-se a história do “mais preparado

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