A Praça Trafalgar, no centro de Londres, é onde bate o coração daquela cidade monumental. Durante todo o tempo em que o Atlas Universal era quase todo da mesma cor pois imensa era a parte do globo terrestre que pertencia à Grã-Bretanha, Londres foi o centro político e econômico do mundo. Se hoje seu poder já não é o mesmo, ela continua a ser uma das molas mestras da vida econômica e política deste mundo globalizado.
No centro da praça está a Coluna de Nelson, rodeada por fontes e por quatro enormes leões em bronze feitos com o metal de canhões utilizados pela frota francesa e capturados pela Marinha Britânica durante as Guerras Napoleônicas. Foram colocados na praça 25 anos após a inauguração da coluna.
Construída entre 1840 e 1843 para honrar a memória de Nelson, a coluna, em granito, tem 46m de altura, sem contar com a estátua de Nelson, que mede 5m5. O Almirante Horácio Nelson, comandante vitorioso em Trafalgar, que derrotou a Marinha Francesa e ajudou a enfraquecer o poder militar de Napoleão, faleceu na batalha onde foi o grande vencedor. Sua estátua foi colocada voltada para o Palácio de Westminster, nome oficial das Casas do Parlamento.
O topo da coluna, em estilo coríntio, é decorado com folhas de acanto feitas com o metal dos vitoriosos canhões britânicos. A base, quadrada, apresenta quatro painéis de bronze moldados com o metal dos canhões franceses, que representam as quatro grandes vitórias de Nelson: a batalha de Santa Cruz do Tenerife, onde perdeu um braço; a Batalha do Nilo; a Batalha de Copenhagen; e na face voltada para o norte a morte de Nelson a bordo do HMS Victory, quando da Batalha de Trafalgar.
FACE NORTE.
O símbolo político e social da praça onde os londrinos fazem suas reuniões de alegria ou suas demonstrações de insatisfação é de tal ordem que um dos planos de Hitler era transferir a coluna de Nelson para Berlim, se a Inglaterra tivesse caído em suas mãos. Nelson é o maior herói militar inglês; foi um extraordinário estrategista e um comandante muito amado pelos seus comandados. Orgulho da Inglaterra, os nazistas sabiam bem o que queriam levar para Berlim. Mas ficaram na vontade.
Fontes: Encyclopedia Britannica.
EM TEMPO; Só para adicionar um fato, não houve um verdadeira batalha em Copenhague. O que houve foi um massacre e o primeiro caso na história moderna de um bombardeio à uma população civil de uma cidade, praticamente desarmada. O poderio era totalmente desproporcional, e os navios britânicos ficaram ao largo de Copenhague bombardeando-a sem parar e sem resistência possível até a rendição do país. Na verdade, os ingleses irão experimentar o mesmo amargo procedimento na Segunda Guerra, com o bombardeio de Londres a partir de foguetes lançados da Alemanha.
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