O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira que o Brasil exigirá de Israel a liberação "imediata e incondicional" da cineasta brasileira Iara Lee, que está na prisão de El'A, em Be'er Sheva, após ser detida em um dos navios que tentavam furar o bloqueio naval rumo à faixa de Gaza.
A cineasta brasileira e ex-mulher do cineasta Leon Cakoff, Iara Lee, estava no comboio. Ontem, autoridades israelenses a localizaram, informando que esla está "em boas condições de saúde" mas havia "se recusado a deixar o país voluntariamente", por isso estaria aguardando para ser deportada.
Segundo Amorim, Israel não pode exigir que Lee assine um documento admitindo ter entrado ilegalmente em território israelense porque ela foi presa em águas internacionais.
"Deve ser liberada já. E não só porque ela é uma cidadã brasileira pacífica e pacifista mas também porque faz parte da declaração emitida pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que todos os que foram presos sejam liberados imediatamente."
O chanceler defendeu que seja feita uma investigação externa e independente do ataque ao comboio de ativistas.
Israel afirmou na tarde desta terça-feira que vai deportar imediatamente centenas de ativistas estrangeiros que foram detidos a bordo da flotilha atacada na segunda-feira.
Sob pressão das crescentes críticas internacionais, autoridades israelenses afirmaram que todos os 680 ativistas ainda detidos serão libertados, incluindo duas dezenas que Israel anteriormente ameaçou processar, sob acusação de atacarem os soldados israelenses.
"Chegamos a um acordo que os detidos serão deportados imediatamente", disse Nir Hefez, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em comunicado escrito à imprensa.
Entre os ativistas detidos está a cineasta brasileira Iara Lee, ex-mulher do cineasta Leon Cakoff, que teve sua libertação "pronta e incondicional" exigida pelo governo brasileiro nesta tarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário