domingo, 30 de maio de 2010

VOO DA ALEGRIA

Com receio, CBF cancela mordomia.
Tradicional "voo da alegria", que já rendeu inquérito contra entidade em 98, não decola para a África do Sul.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, cancelou o "voo da alegria" para a Copa do Mundo da África do Sul. O dirigente teme se desgastar com seus convidados por causa da confusa organização do primeiro Mundial no continente africano.
Na quinta, os jogadores da seleção colombiana tiveram os seus quartos furtados no dia que enfrentariam a África do Sul, no Soccer City.
A dificuldade em conseguir ingressos para os jogos e reservas nos hotéis para os seus convidados também ajudaram o dirigente a cancelar o "voo da alegria".
A CBF costuma chamar presidentes de federações, dirigentes e representantes do judiciário para assistir aos Mundiais com todas as despesas pagas pela entidade -passagens aéreas, estadia em hotéis luxuosos com meia pensão (café da manhã e uma refeição) e ingressos para os jogos do Brasil.
O furto sofrido pela delegação colombiana não foi o primeiro. No ano passado, durante a Copa das Confederações, a seleção do Egito também teve dinheiro furtado, e os responsáveis não foram encontrados.
O hotel Hyde Park Southern Sun, no norte de Johannesburgo, de onde foram levados cerca de US$ 3 mil da delegação colombiana, servirá de concentração para a seleção da Eslovênia a partir do próximo dia 8 de junho.
Presidentes de federações do Brasil também não receberam convites da CBF. O presidente da entidade que comanda o futebol gaúcho, Francisco Noveletto, confirmou que convites oficiais não foram feitos por Teixeira, mas acreditava que pelo menos dez dirigentes iriam ao Mundial no "voo da alegria".
Nenhum deles embarcou com a seleção em Brasília na quarta. Habitualmente, todos pegam caronas no avião fretado pela CBF para levar os jogadores para as Copas.
No Mundial da França, em 1998, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro chegou a abrir inquérito sobre o "voo da alegria", mas o caso não seguiu em frente.
O presidente da CBF se recusou a entregar ao MP a lista de participantes da viajem. Na ocasião, aproximadamente 60 personalidades, entre elas desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, foram convidadas para assistir ao Mundial com as despesas pagas.

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